
Esses times conseguem se reerguer de alguma maneira, pois a numerosa torcida, renovações e grandes movimentações de dinheiro acabam por devolvê-los o prestígio. Entretanto clubes do interior paulista, que sofrem com os mesmos problemas, não têm esse gás e muitas vezes, em decorrência de grandes perdas, chegam até a fechar as portas.
O Novo Horizontino - time finalista do paulistão em 1990 - já não existe mais e outros clubes como XV de Piracicaba, Ferroviária e Inter de Limeira (campeã paulista), que foram grandes coadjuvantes do cenário do futebol, jogam hoje divisões muito baixas. Paulista de Jundiaí e Ituano, campeões da copa do Brasil e do paulistão respectivamente, jogam a quarta divisão do futebol brasileiro e o Marília está a uma derrota da série c.
Nem tudo está perdido, times do interior, vez ou outra, conseguem se levantar, o Guarani está de volta a série b e Santo André e Barueri chegaram a elite nacional com Ponte Preta e Bragantino colados em seus pés na classificação. Alguns desses clubes se beneficiam de presidentes com “boa influência na CBF” ou dinheiro investido pelas prefeituras, mas não é esse o fator principal para todo esse sobe e desce.
Um dos causadores da irregularidade é a transformação do futebol em um mercado e a partir disso times do interior vivem para revelar jogadores, a mesma relação dos grandes clubes brasileiros que revelam para o exterior, contudo os grandes tem mais força para se restabelecer e aos pequenos sobra apostar em elencos desconhecidos que podem ou não dar certo. A troca de jogadores é constante, em alguns casos até diária, assim quando se firmam bons times o dinheiro trata de desmanchá-los e caso contrário o que se vê são péssimos jogadores que levam esses times ladeiras a baixo.
O futebol virou um jogo de apostas, não se cria mais jogadores treinados nos próprios clubes, mas passa-se a buscar alternativas que se baseiam na suposição da qualidade técnica do jogador. Como toda aposta, os times podem ou não dar certo e é por isso que não sabem se no próximo ano brigaram por acessos e títulos ou fugiram desesperados do rebaixamento.
Um time de futebol deve ser montado a longo prazo, jogadores podem até ser testados, mas é preciso uma base que não mude a cada temporada, com jogadores que não sejam tão profissionais do dinheiro, mas sim do clube que defendem.
Francisco Valle
4 comentários:
Concordo em parte, não é só os times do interior paulista que sofrem com mal investimentos e falta de planejamento, times de outros estados e até da própria capital paulista também sofrem. Juventos da rua javari e America do Rio são grandes exemplos.
Eu também acho que times sem muita tradição e torcida deveriam ficar no seu devido lugar, o que na maioria dos casos não é a elite do campeonato nacional. Níguem gostaria de assistir um Corinthians e São Caetano, não tem graça, mesmo que o time do São Caetano seja bom, é um jogo de uma torcida só.
lucho o fato de ter pegado os times do interior paulista é para trazer a uma realidade mais próxima do noso blog,jundiai tem bastante gente, assim como bragança, piracicaba e a propria campinas, mas é claro que isso acontece em todos os lugares. Já na parte de times de pouca torcida deviam tomar seu lugar eu não concordo, pois os campeonatos estaduais e a série b (não é tão la embaixo) necessitam ser formados por esses times que geram as zebras e tiram pontos de grandes
Eu concordo com o Fran, os times pequenos, com torcida modesta e pouco investimento concorrem com os grandes e tiram pontos destes. Estes pequenos times são, como disse o fran, coadjuvantes importes. Ninguem assiste uma novela para ver somente o protagonista, tem todo um cenário, e os minimos detalehs fazem toda a diferença.
Cá Reis
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