
Na última semana, os Estados Unidos iniciaram um debate que, no Brasil, causaria riso: as filhas do presidente eleito Barack Obama devem estudar em escolas públicas ou particulares?
Ano passado assisti a um discurso do corretíssimo Senador Cristovam Buarque (PDT/DF) que defendia um projeto que lei – que ele sabia que seria impossível ser aprovado – na qual os congressistas (deputados federais, estaduais, senadores e vereadores) deveriam, obrigatoriamente, ter seus filhos matriculados E CURSANDO escolas públicas.
Embora seja extremista e retire o direito de escolhas como cidadão, o projeto sem dúvida faria nossos representantes tratarem com o devido respeito o ensino público brasileiro.
Num momento em que o Banco do Brasil, instituição estatal, faz todo o possível para concorrer com os bancos privados, nada se fala na política de investir no ensino público a fim de que ele possa concorrer com o ensino privado. Tampouco em fortalecer o SUS para que ele possa concorrer com os planos de saúde.
Nossos políticos têm esse grave defeito que nada mais é do que o reflexo do que acontece em todo o Brasil: só vale a pena trabalhar pelo que me interessa.
Para que um diplomado senador se preocuparia com a escola do interior da Paraíba, se ele sabe que seu filho vai se formar na melhor escola particular? O que eles ganhariam em fazer clientes de planos de saúde utilizarem hospitais públicos e concorrem por vagas com o “povinho”?
Agora, na hora de abrir uma conta corrente e pagar as taxas mais absurdas do mundo, todos somos iguais.
Heitor Mário Freddo
Ano passado assisti a um discurso do corretíssimo Senador Cristovam Buarque (PDT/DF) que defendia um projeto que lei – que ele sabia que seria impossível ser aprovado – na qual os congressistas (deputados federais, estaduais, senadores e vereadores) deveriam, obrigatoriamente, ter seus filhos matriculados E CURSANDO escolas públicas.
Embora seja extremista e retire o direito de escolhas como cidadão, o projeto sem dúvida faria nossos representantes tratarem com o devido respeito o ensino público brasileiro.
Num momento em que o Banco do Brasil, instituição estatal, faz todo o possível para concorrer com os bancos privados, nada se fala na política de investir no ensino público a fim de que ele possa concorrer com o ensino privado. Tampouco em fortalecer o SUS para que ele possa concorrer com os planos de saúde.
Nossos políticos têm esse grave defeito que nada mais é do que o reflexo do que acontece em todo o Brasil: só vale a pena trabalhar pelo que me interessa.
Para que um diplomado senador se preocuparia com a escola do interior da Paraíba, se ele sabe que seu filho vai se formar na melhor escola particular? O que eles ganhariam em fazer clientes de planos de saúde utilizarem hospitais públicos e concorrem por vagas com o “povinho”?
Agora, na hora de abrir uma conta corrente e pagar as taxas mais absurdas do mundo, todos somos iguais.
Heitor Mário Freddo
Um comentário:
Bom texto, infelizmente não acredito que nossos políticos matricularão seus filhos em escolas públicas, ou que teremos melhorias nestas nos próximos anos. Mais uma vez o Senador Cristovam Buarque vai ser esquecido pelos cegos do castelo.
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