quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Cabeça de campeão e democracia de verdade



A fórmula parece simples, mas apenas uma equipe brasileira aprendeu colocá-la em prática. E a forma de tranformá-la em títulos é com um bom planejamento.
Não é a toa que o São Paulo é hoje o melhor clube da América. Mesmo não tendo grande sucesso na última Libertadores da América, o atual tri-campeão brasileiro mostra que não alcançou este posto à toa.
Nem acabou a festa pela inédita conquista e a diretoria são paulina já monta um time ainda mais forte do que o deste ano. O objetivo é conquistar é o tetracampeonato da Libertadores e, quem sabe, Mundial.
Enquanto seus rivais ficam presos a negócios lentos e muito caros, como o atacante Kleber no Palmeiras e o time todo do Santos, ou ainda tenta buscar um elenco, como o Corinthians, que até agora apresentou Ronaldo, mas tem muitas outras deficiências, o São Paulo segue o mesmo exemplo de 2005 que resultou no título das Américas: contrata um corredor de muito talento e bastante entrosado.
Naquele ano, o clube “enxugado” foi o Goiás. Desta vez, o Fluminense, adversário mais difícil a ser derrotado pelo São Paulo em 2008.
Ou seja, para as vagas de maior carência no elenco, ou para as perdas já certas, a diretoria renova com peças ainda mais fortes. Para a lateral esquerda, Júnior César fará sombra a Jorge Wagner, hoje ocupada pelo semi-aposentado Júnior. No meio campo, Arouca deverá substituir Richarlyson, que passou o segundo semestre totalmente apagado. E para o ataque, o posto de goleador está de volta nos pés do ótimo Washington. O camisa 10 Conca ainda negocia para completar o corredor.
Não bastasse o ótimo time, há também uma nova estratégia de marketing: um carnê para todos os jogos do clube (incluindo possíveis fases finais do Paulistão e da Libertadores) em que por mil reais o torcedor compra uma cadeira cativa com seu nome na cadeira e ainda uma camisa oficial do clube.
2009 tem tudo para ser mais um ano do São Paulo. Embora os adversários estejam aprendendo a planejar (principalmente para campeonatos como o Brasileirão), a diretoria do São Paulo aprendeu muito antes o “pulo do gato”.
E o principal motivo é que existe no Morumbi algo básico para um bom funcionamento político: uma oposição séria e com trabalho freqüente.
O clube é um dos únicos do país onde existe, de verdade, uma democracia. Se o coronelismo não funciona na política, não funcionaria no futebol. Mas está difícil livrar-se dele.


Heitor Mário Freddo

2 comentários:

Imprensa Marrom e Cia disse...

Uii!!
Deve ter sido dificil para um Palmeirense roxooo(ou verde, no caso!uahaua) escrever sobre o S.Paulo.
Mas temos que admitir mesmo, o SP teve um ano excelente em 2008 e pelo jeito tmb o terá em 2009.

Os outros grandes times deveriam tomá-lo como exemplo.

Beijos,

Cá Reis

Manuela Ceragioli disse...

O ano do SP(time mais lindo do mundo) não foi dos melhores, mas soube se organizar para dar a volta por cima!
O outros clubes nem tentam melhorar a situação...preferem continua na mesma.

Beijoos