Que o mundo viveu durante séculos numa sociedade machista onde a mulher era uma mera reprodutora de filhos homens todos nós sabemos. Que as grandes civilizações foram marcadas por mulheres que contestaram isso, também não é novidade.
Mas é sempre bom quando a arte nos apresenta personagens com muita história para contar. Melhor ainda quando sua produção é impecável, muito bem dirigida e atuada.
A Duquesa (The Duchess) conta a história de Georgiana Spencer (1757-1806), Duquesa de Devonshire, na Inglaterra. Georgiana (Keira Knightley, de Piratas do Caribe)é uma jovem sonhadora que, ao se casar com o Duque, interpretado por Ralph Fiennes (o Voldemort de Harry Potter), acredita que terá a vida que toda mulher do século 18 sonhava: um marido dedicado e uma família repleta de filhos.
E é logo esse o primeiro pedido que o Duque (o melhor de todo o elenco) faz: exige apenas fidelidade e um filho homem a Georgiana, que abandonara uma paixão de adolescente empolgada pela vida palaciana.
A garota, que nem atingira os 18 anos, começa a ter uma decepção após a outra com seu marido. A primeira é pelos inúmeros casos extraconjugais; depois, pelo destrato que ele tem por ela, sobretudo por não conseguir lhe dar um filho para sucedê-lo.
A partir daí, o filme mergulha no contexto histórico, com citações políticas da época, direitos feministas e, principalmente, os princípios machistas que comandavam a sociedade da época.
A Duquesa, do estreante diretor Saul Dibb,é um filme ao mesmo gostoso de assistir e incômodo pelo que ele nos mostra. E mesmo que você tente, não conseguirá fugir da comparação com Princesa Diana.
PS: só uma mostra de como nossa sociedade ainda é muito machista, apresento-lhes um resumo que encontrei sobre o filme em um jornal: “O filme faz uma crônica da vida de Georgiana (...), vítima de calúnia e injúria por causa de sua extravagância pública e privada”. Ou seja, o crítico analisou que uma mulher contestar padrões era uma extravagância. Nem todo mundo saiu do século 18.
Heitor Mário Freddo
Mas é sempre bom quando a arte nos apresenta personagens com muita história para contar. Melhor ainda quando sua produção é impecável, muito bem dirigida e atuada.
A Duquesa (The Duchess) conta a história de Georgiana Spencer (1757-1806), Duquesa de Devonshire, na Inglaterra. Georgiana (Keira Knightley, de Piratas do Caribe)é uma jovem sonhadora que, ao se casar com o Duque, interpretado por Ralph Fiennes (o Voldemort de Harry Potter), acredita que terá a vida que toda mulher do século 18 sonhava: um marido dedicado e uma família repleta de filhos.
E é logo esse o primeiro pedido que o Duque (o melhor de todo o elenco) faz: exige apenas fidelidade e um filho homem a Georgiana, que abandonara uma paixão de adolescente empolgada pela vida palaciana.
A garota, que nem atingira os 18 anos, começa a ter uma decepção após a outra com seu marido. A primeira é pelos inúmeros casos extraconjugais; depois, pelo destrato que ele tem por ela, sobretudo por não conseguir lhe dar um filho para sucedê-lo.
A partir daí, o filme mergulha no contexto histórico, com citações políticas da época, direitos feministas e, principalmente, os princípios machistas que comandavam a sociedade da época.
A Duquesa, do estreante diretor Saul Dibb,é um filme ao mesmo gostoso de assistir e incômodo pelo que ele nos mostra. E mesmo que você tente, não conseguirá fugir da comparação com Princesa Diana.
PS: só uma mostra de como nossa sociedade ainda é muito machista, apresento-lhes um resumo que encontrei sobre o filme em um jornal: “O filme faz uma crônica da vida de Georgiana (...), vítima de calúnia e injúria por causa de sua extravagância pública e privada”. Ou seja, o crítico analisou que uma mulher contestar padrões era uma extravagância. Nem todo mundo saiu do século 18.
Heitor Mário Freddo
Um comentário:
To louca pra assistir!!!
Se meu irmão topar eu assisto amanhã (dps d eassistir Madagascar com ele, abafa..uahaua).
Beijos Hector,
Cá Reis
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