quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Lá se vão os 800 primeiros


A montadora da General Motors de São José dos Campos (SP) demitiu, nos últimos dias, 802 operários. A GM, pioneira entre as indústrias que quebraram no EUA perante a crise econômica, logo tratou de espalhar demissões pelo mundo e uma delas, para desespero de nosso presidente , está ocorrendo no Brasil.
Além de São José, outras cidades do interior paulista também já estão cortando funcionários, bem como em outros estados. Inclusive, no texto "A força de um marola", o Heitor já tinha nos cedido previsões de que isso aconteceria.
Hoje, na cidade do Vale do Paraíba, criaram-se mobilizações nas quais os trabalhadores do 1º turno da montadora paralisaram a produção por duas horas. Os metalúrgicos repudiaram as demissões e exigiram estabilidade no emprego, assim como a readmissão dos companheiros.
As demissões vêm para contradizer os discursos mentirosos de Lula, nos quais tenta iludir a população de que a crise não chegará ao Brasil e ainda faz um apelo sobre a importância do consumo para a economia.
A crise mal chegou ao Brasil e as conseqüências maléficas aos trabalhadores já estão crescendo. Lula terá que alterar seu discurso se quiser continuar tão popular. Ontem, já adotou uma postura mais sensata ao dizer que o governo tomaria medidas, podendo até intervir nas dispensas, no entanto todos sabem que dificilmente o presidente agirá de um modo que prejudique as grandes multinacionais instaladas no país.
Quando a população brasileira, que agora deve estar preocupada com quem será o primeiro eliminado do Big Brother, se der conta do quão prejudicada pode sair dessa turbulência pode ser tarde demais. O presidente da república deve alertar a população e lutar lado a lado com ela para combater a crise, porém sabemos muito bem onde estão os interesses do corrupto governo brasileiro, e está bem longe das pessoas que mais sofrem no país.

Francisco Valle

3 comentários:

Imprensa Marrom e Cia disse...

E o pior de tudo é que se as demissões já são lamentáveis, pior ainda é por ser no setor automotivo.

Em 2008 o governo Lula investiu tudo o que pode para salvar as montadoras do momento difícil de mercado.

Como ninguém comprava carro zero, o governo criou vantagens, diminuiu o IPI e tudo o mais e agora, quando o setor está novamente estabilizado, ocorrem as demissões.

É como se fosse uma traição, mas convenhamos, Lula realmente acreditava na camaradagem das multinacionais?

Heitor Mário Freddo

Anônimo disse...

se o Lula disse que a crise não ia chegar e mesmo assim foram 800 demitidos imagina se a crise fosse passa por aqui tambem

Anônimo disse...

e dificilmente o numero de demitidos parará nos 800