domingo, 11 de janeiro de 2009

Literalmente ilhados


Depois dos desastres causados pelas fortes chuvas em Santa Catarina e Espírito Santo, outro lugar sofreu com as tempestades desse verão, dessa vez o alvo foi o litoral norte paulista, mais precisamente em Ilha Bela. A ilha passou, na semana passada, por fortes quedas de água e ventos de até 100 km/h.
Os danos não se comparam aos do Sul, porém os milhares de turistas que passaram o ano novo no local tiveram muita dor de cabeça com grandes árvores cedendo e muitos deslizamentos, o que deixou muita sujeira e obstáculos por toda a parte. No entanto, o maior prejuízo foi no mar, o canal de São Sebastião ficou agitado por horas e a Balsa, único acesso à Ilha, teve seus serviços suspensos por quase um dia inteiro. Um dia parece pouco, mas em época de alta temporada o volume de carros é intenso e enquanto a Dersa (responsável pela Balsa) aguardava por um tempo melhor, uma fila de 12km se formou nas ruas da cidade para o embarque e a saída da ilha só foi possível quando os ventos pararam. A espera para quem estava no comboio durou de 10 a 12 horas e só se normalizou após três dias de calmaria no canal.
Mais uma vez o homem se mostra despreparado e vulnerável aos desastres da natureza. Isso porque é impossível prever quando reviravoltas inesperadas acontecerão nesse clima cada vez mais alterado por todo o dano ambiental causado pela própria humanidade. A natureza é usada como escrava do homem na sua busca insaciável pelo consumo, assim ela trata de devolver o mal na mesma moeda: Tsunamis, Furacões e tempestades são alguns exemplos dessa resposta de um meio ambiente que está a beira do colapso.

Francisco Valle

2 comentários:

Anônimo disse...

E cada vez mais vai aumentará a frequencia desses desastres/"vinganças da natureza"!

Imprensa Marrom e Cia disse...

Estamos colhendo os frutos de danos plantados durante anos e anos.
O pior é que mesmo com tudo oque aconteceu e ainda vai acontecer, as pessoas não param, não modificam seus hábitos, não entendem que a culpa é individualmente de cada um (logico que alguns, como donos de fábricas superpoluentes e outros, têm uma parcela maior nessa culpa coletiva).

Beijoca

Cá Reis