segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O cara?




Quem, atualmente, não conhece Barack Obama?
Por muitos meses, Obama foi visto como um misto de mudança e esperança, agora que a posse se aproxima, as duvidas aparecem, mas não tanto quanto o normal.
Duvidar do “seu” candidato é comum, mas de duas uma, ou o mundo necessita tanto de um novo “líder” que não se atreve nem mesmo a duvidar do que foi eleito, ou Barack Obama é o santo da atualidade.
Como não acredito em santidade nos dias de hoje, me atenho à necessidade de mudança. Durante os oito últimos anos, o mundo viu guerras, terrorismo (seja ele oriental ou ocidental), catástrofes, atentados à humanidade. Não estou deferindo todas estas situações a responsabilidade de um só homem, me refiro ao mundo em si, seja ele influenciado pelos EUA, ou não.
Mas depositar a “salvação global” nas mãos de um só individuo, é arriscado, e pode ser frustrante, mesmo que até agora o presidente eleito norte-americano tenha se mostrado sensato e disposto a unificar.
A minha dúvida é: Essa “unificação” será reservada apenas para os Estados Unidos, no melhor estilo Doutrina Monroe, “América para os americanos”? Ou seria uma unificação global?
Bem, no discurso de ontem, Domingo, 18 de Janeiro, Barack Obama fez um apelo pela união dos americanos, no mesmo lugar em que Martin Luther King, fez seu discurso sobre a superação das diferenças raciais nos Estados Unidos em 1963. O lugar em questão é o memorial de Lincoln, ex-presidente Norte-americano, que apesar de republicano foi citado muitas vezes durante a campanha de Obama.
O discurso se refere aos americanos independente de raça, credo ou ideologia e aparentemente vai além das fronteiras do país. Sendo a minha impressão verdadeira, ou não, prefiro me ater a possível unificação mundial, sonhar com paz, mesmo vivendo em guerra.
"E é a mesma coisa que me dá esperança desde o dia que começamos esta campanha para a Presidência há cerca de dois anos; uma crença de que se nós pudermos reconhecer a nós mesmos uns nos outros e nos unirmos todos --democratas, republicanos, independentes, latinos, asiáticos e nativos americanos; negros e brancos, gays e heterossexuais, deficientes e não deficientes-- então não apenas nós restauraremos a esperança e a oportunidade em lugares que ansiavam por essas duas coisas, mas talvez nós poderemos aperfeiçoar nossa união nesse processo", fragmento do discurso de Obama.


Carina Reis

3 comentários:

Imprensa Marrom e Cia disse...

"prefiro me ater a possível unificação mundial, sonhar com paz, mesmo vivendo em guerra."

Que lindo isso, Cá!

Bem, acho que a resposta mais aprorpiada para a pergunta está nos moldes do slogan da campanha do Obana : " Yes, he can!"

Espero que ele faça o o tanto quanto pode.

(amei o texto, amor!)
Beijo!
Lari Quintino

Imprensa Marrom e Cia disse...

É, eu acho que ele pode também!!Mas não podemos esquecer da bucha que ele vai pegar ao assumir a presidência...

Ótimo texto Ca!
Beijos

Imprensa Marrom e Cia disse...

Vamos aguardar porque agora é para valer.

Discursos no "palanque" de Luther King, viagem de trem nos moldes de Lincoln, isso tudo é um marketing pessoal.

A imagem de Obama é a melhor possível, agora vamos esperar pela imagem de seu governo.

Heitor Mário Freddo