sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Crepúsculo


Um romance convencional? Não mesmo. Frases feitas e beijos envoltos em lágrimas não fazem parte deste roteiro. Mas apesar da peculiaridade, o filme é envolvente e interessante.
Tudo começa quando Bella Swan (Kristen Stewart, de O quarto do Pânico) se muda para a casa do pai, Charlie Swan (Billy Burke), na chuvosa cidade de Forks, e conhece Edward Cullen (Robert Pattinson, o Cedrico Diggory de Harry Potter). Desde o primeiro instante seus olhares se cruzam e Bella fica intrigada e encantada pela beleza especial e comportamento diferente de Edward. Tudo nele a atrai, mas a revolta ao mesmo tempo, principalmente quando ele some da escola após descobrir que ela seria sua companheira de Biologia.
Quando ela não espera mais vê-lo na aula, ele retorna e para sua surpresa se apresenta devidamente e se desculpa pela ausência.
Uma forte e perigosa atração surge entre eles, não que o filme nos permita cenas fortes ou induza pensamentos obscenos, mas a inegável ligação de ambos faz o espectador desejar sua aproximação.
O acontecimento seguinte cria mais duvidas na cabeça de Bella, Edward a salva de um atropelamento chegando até ela numa velocidade impossível e parando o carro com só uma mão.
Deste momento em diante tudo a leva a inusitada resposta. Edward é um vampiro, assim como todos em sua família. Mas ela não sente medo.
Quanto a ele, simplesmente não consegue se manter longe dela, a mente dela é a única que Edward não pode ler, e ele sente toda vez que ela está em perigo, ao mesmo tempo ele a deseja, não da forma como um jovem deseja uma jovem, ele deseja seu sangue, ele sente seu cheiro.
Iniciado o namoro, Bella vai com Edward assistir a um jogo de beisebol entre a família dele. Neste momento aparecem três novos vampiros, que desde o inicio do filme atacam e matam pessoas. Um deles, James (Cam Gigandet), sente o cheiro dela e tenta ataca-la. Instigado pela reação superprotetora de Edward quando ele reage ao cheiro de Bella, James resolve caçá-la e a família Cullen se predispõe a impedir que isto aconteça.
James chega até Bella, e quase a transforma em vampira com uma mordida, porém Edward a salva e retira o veneno chupando seu sangue, em uma luta interior para controlar seus instintos.
A diferença está na forma como o romance acontece. Se distanciando dos romancezinhos água-com-açúcar que circulam no mercado cinematográfico, os tão comuns “eu te amo” são substituídos por declaração não tão românticas, mas com certeza muito mais marcantes.
A adaptação do livro homônimo traz frases como “desejo seu sangue” e “confio em você” como o ápice do relacionamento, pelo menos para este casal pra lá de complicado, e elogios como “você é linda” são substituídos por “adoro seu cheiro”.
Quanto à escolha do elenco, não usar atores marcados e muito famosos, destacou o livro e a adaptação, deixando a atuação como peça natural e não espetacular dentro do contexto.
Os preconceituosos que mantenham distância, este não é um filme para o Oscar, nem será lembrado como o seu favorito, mas com certeza proporciona momentos surpreendentemente agradáveis, e apesar do que possam pensar, não deixa a desejar.



Carina Reis

2 comentários:

Imprensa Marrom e Cia disse...

Tá vendo só? Escrever sobre cinema é contagiante.

Hehehe

Parabéns! Muito legal seu texto. De verdade.

Ainda assim não me empolguei para ver esse filme. Hahaha

Com todo respeito, claro.

Beijão

Heitor Mário Freddo

Imprensa Marrom e Cia disse...

Vamos mudar o nome do blog para Sala7? Brincadeira huauahuahu! Mas enfim, não empolguei muito pra ver o filme. Mas ta aí, a sensação do verão junto com Marley e Eu...!

Eric Rocha