Uma das críticas ao prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) é de que tanto ele em sua carreira quanto seu governo seriam uma espécie de marionetes do governador do Estado José Serra (PSDB). Kassab discorda e afirma que não. Apesar de Serra ser o responsável pela sua incursão na Prefeitura (quando uma vez vice herdou o cargo) e pelo sucesso de seu primeiro mandato (as obras, em sua maioria, quando não foram continuidade, tinham investimento do Governo do Estado), o democrata garante ser totalmente independente.
Mas a parceria parece ser mesmo mais forte do que qualquer coisa, inclusive seu mandato. Gilberto Kassab é o nome mais forte para ser o coordenador de campanha do tucano à presidência em 2010. Para isso, teria que se licenciar da prefeitura de São Paulo.
A atitude seria perfeita para Serra: além de ter seu novo fiel escudeiro como responsável por sua campanha, selaria de vez o acordo com o PMDB, já que em troca da legenda na coligação cederia-se nada menos que a prefeitura paulistana para a atual vice Alda Marco Antônio.
Em proporções maiores, Kassab seria o Antônio Palocci de Serra. O coordenador da Campanha Lula foi eleito prefeito de Ribeirão Preto – interior de São Paulo – prometendo fazer os melhores 4 anos da história da cidade, mas apenas um ano depois licenciou-se do cargo para ser o braço direito do futuro presidente e, mais tarde, assumir o mais importante ministério da república – o da Fazenda. Palocci é um possível candidato ao governo do estado em 2010, mas certamente seu nome não será o mais votado em sua terra natal.
Para Kassab, as proporções seriam muito maiores. Embora Ribeirão seja a Capital do Interior – junto com Campinas –, São Paulo é uma metrópole e a atitude pode repercutir mal para sua carreira em nível nacional. Mesmo que ele venha a ter um cargo de altíssimo escalão, em São Paulo sua reprovação vai ser absoluta.
Só para esclarecer: o prefeito não pretende pedir licença do cargo, mas estaria disposto a fazê-lo pela candidatura Serra. Independência de opinião e liberdade para governar são assim mesmo.
Heitor Mário Freddo
Mas a parceria parece ser mesmo mais forte do que qualquer coisa, inclusive seu mandato. Gilberto Kassab é o nome mais forte para ser o coordenador de campanha do tucano à presidência em 2010. Para isso, teria que se licenciar da prefeitura de São Paulo.
A atitude seria perfeita para Serra: além de ter seu novo fiel escudeiro como responsável por sua campanha, selaria de vez o acordo com o PMDB, já que em troca da legenda na coligação cederia-se nada menos que a prefeitura paulistana para a atual vice Alda Marco Antônio.
Em proporções maiores, Kassab seria o Antônio Palocci de Serra. O coordenador da Campanha Lula foi eleito prefeito de Ribeirão Preto – interior de São Paulo – prometendo fazer os melhores 4 anos da história da cidade, mas apenas um ano depois licenciou-se do cargo para ser o braço direito do futuro presidente e, mais tarde, assumir o mais importante ministério da república – o da Fazenda. Palocci é um possível candidato ao governo do estado em 2010, mas certamente seu nome não será o mais votado em sua terra natal.
Para Kassab, as proporções seriam muito maiores. Embora Ribeirão seja a Capital do Interior – junto com Campinas –, São Paulo é uma metrópole e a atitude pode repercutir mal para sua carreira em nível nacional. Mesmo que ele venha a ter um cargo de altíssimo escalão, em São Paulo sua reprovação vai ser absoluta.
Só para esclarecer: o prefeito não pretende pedir licença do cargo, mas estaria disposto a fazê-lo pela candidatura Serra. Independência de opinião e liberdade para governar são assim mesmo.
Heitor Mário Freddo
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