
Não é novidade que o Brasil foca seu interesse esportivo praticamente apenas no futebol. Isso é cultural, e não adianta tentar mudar. Isso não quer dizer que apenas os boleiros integram a lista dos ídolos entre o público, que também admira nomes como Felipe Massa (Fórmula 1), César Cielo (Natação), Gustavo Kieter (Tênis), jogadores de basquete e toda a equipe das seleções de vôlei, tanto masculinas quanto femininas. Mas pela primeira vez na história do esporte, o Brasil aprendeu a gostar de ginástica olímpica e mais, parou algumas vezes para ver os mundialmente respeitados Daiane dos Santos, Daniele e Diego Hypolito e Jade Barbosa.
Porém, com exceção de Daiane, os outros 3 passam pela maior dificuldade de suas carreiras. Não porque o Brasil tenha esquecido deles, mas porque o Flamengo, clube onde treinam, anunciou recentemente que não tem mais condições de sustentar o esporte olímpico dentro da instituição.
O “absurdo” custo que a equipe carioca, presidida por Marcio Braga, é de 80 mil reais. Sabe o que isso significa? O salário que o Flamengo paga a um zagueiro reserva.
Além da ginástica e futebol, o rubro negro possui em suas instituições o basquete (que após uma crise sobrevive à nova liga graças a um patrocinador exclusivo à categoria) e o Remo, categoria protegida pelo regimento interno, já que foi o esporte quem originou o Clube de Regatas Flamengo, nome completo da instituição que possui a maior torcida do país.
Alguns dos salários publicamente divulgados passam dos 100 mil reais, como são os casos dos meio campistas Kléberson e Zé Roberto e dos atacantes Marcelinho Paraíba e Obina. Sabemos o quanto o mercado de jogadores é inflacionado, mas um clube que se diz “sem dinheiro para nada” não pode gastar o que tem em um péssimo planejamento, investindo em atletas que, ou sobrevivem de seu passado e nome, ou nunca mereceram nem um terço do quanto é depositado em suas contas.
Fica muito claro que a diretoria do Flamengo não sabe utilizar a fortíssima marca que possui em mãos. Associar a marca a ginastas como os pode trazer um retorno muito maior do que o título do Campeonato Carioca após uma “épica” vitória contra o “fortíssimo” Madureira. Uma estratégia forte de marketing pode associar os campeões com o clube, através da venda de produtos como agasalhos, macacões e realizações de eventos para atrair o público por todo o país. Uma espécie de Globetrotters da ginástica brasileira.
Mas ao que parece, Obina ainda é muito mais importante para o clube com mais de 100 anos.
O "chororô" do departamento de ginástica é um grito de todo o esporte olímpico no Brasil. Sem o apelo popular dos clubes, crianças não procuram escolinhas e a tendência é que cada vez mais modalidades fiquem na base do amadorismo.
Porém, com exceção de Daiane, os outros 3 passam pela maior dificuldade de suas carreiras. Não porque o Brasil tenha esquecido deles, mas porque o Flamengo, clube onde treinam, anunciou recentemente que não tem mais condições de sustentar o esporte olímpico dentro da instituição.
O “absurdo” custo que a equipe carioca, presidida por Marcio Braga, é de 80 mil reais. Sabe o que isso significa? O salário que o Flamengo paga a um zagueiro reserva.
Além da ginástica e futebol, o rubro negro possui em suas instituições o basquete (que após uma crise sobrevive à nova liga graças a um patrocinador exclusivo à categoria) e o Remo, categoria protegida pelo regimento interno, já que foi o esporte quem originou o Clube de Regatas Flamengo, nome completo da instituição que possui a maior torcida do país.
Alguns dos salários publicamente divulgados passam dos 100 mil reais, como são os casos dos meio campistas Kléberson e Zé Roberto e dos atacantes Marcelinho Paraíba e Obina. Sabemos o quanto o mercado de jogadores é inflacionado, mas um clube que se diz “sem dinheiro para nada” não pode gastar o que tem em um péssimo planejamento, investindo em atletas que, ou sobrevivem de seu passado e nome, ou nunca mereceram nem um terço do quanto é depositado em suas contas.
Fica muito claro que a diretoria do Flamengo não sabe utilizar a fortíssima marca que possui em mãos. Associar a marca a ginastas como os pode trazer um retorno muito maior do que o título do Campeonato Carioca após uma “épica” vitória contra o “fortíssimo” Madureira. Uma estratégia forte de marketing pode associar os campeões com o clube, através da venda de produtos como agasalhos, macacões e realizações de eventos para atrair o público por todo o país. Uma espécie de Globetrotters da ginástica brasileira.
Mas ao que parece, Obina ainda é muito mais importante para o clube com mais de 100 anos.
O "chororô" do departamento de ginástica é um grito de todo o esporte olímpico no Brasil. Sem o apelo popular dos clubes, crianças não procuram escolinhas e a tendência é que cada vez mais modalidades fiquem na base do amadorismo.
PS: Após o drama apresentado pelos ginastas, a Prefeitura de Niterói (RJ) anunciou que pagará temporariamente o custo de 80 mil reais. Porém, a situação do trio ainda é precária: A água do ginásio do clube foi cortada, e os ventiladores, desligados, como informou o jornal “O Globo”.
Foto - As conquistas de Diego Hypolito e, ao lado, a marca do Flamengo. Parece difícil para a diretoria entender que cada vitória dos atletas é uma conquista para a instituição.
Heitor Mário Freddo
Heitor Mário Freddo
Um comentário:
E o pior é saber que isso não é uma prática só do Flamengo. O próprio COB faz coisas do tipo. A administração de esportes olímpicos, salvo exceções, é uma grande palhaçada.
PS: Em breve de volta ao blog.
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