O Ministro dos Esportes Orlando Silva às vezes peca pelo excesso de promessas que faz à frente de sua pasta, assemelhando-se bastante a um candidato. Agora imagine-o fazendo afirmações no Carnaval, e mais, em pleno desfile da Portela.
Pois em meio a esse ritmo de pandeiros e tamborins, Silva assegurou que, em breve, o Congresso votará mudanças na Lei Pelé, a criação do Rei do Futebol na tentativa de moralizar os clubes brasileiros. Embora as instituições de futebol abominem um ponto específico – o fim do passe de jogadores e sua consequente “liberdade” de seu formador –, é justamente em cima dos mandatários que, segundo o folião, haverá a aplicação de um rigor.
O deputado federal José Rocha (PR-BA) é o Mestre Salas da proposta de mudanças. Através dela, o presidente de um clube de futebol terá que arcar com todas as responsabilidades de sua gestão – algo já definido pela lei de Responsabilidades Fiscais –, mas de uma forma nova: seu patrimônio pessoal será utilizado como garantia caso sua gestão comprometa a saúde financeira da agremiação.
“Será a hora de vermos quem está comprometido em moralizar o futebol. Defenderei a manutenção da punibilidade dos dirigentes e até o endurecimento das penas”, declarou o comunista ao Jornal Lance!.
Convenhamos, assim como o garoto do baile promete até casamento a uma menina que ele jamais terá contato, um político também aproveita a empolgação popular para receber confetes sobre si. Mas vamos imaginar o contrário, o clima da Sapucaí e a “seriedade” das Escolas Cariocas sensibilizaram o Ministro a ponto de agilizar atitudes pelo futebol. Se isso de fato ocorrer, a casa vai cair para muita gente.
Mais do que péssimos administradores, os maiores clubes do país – com raras exceções, como o São Paulo –, vivem em regimes ditatoriais, de verdadeiros déspotas que em nada se preocupam com as consequências de suas insanidades. Que o diga Alberto Dualib e sua parceria com a MSI, as contratações irresponsáveis de Márcio Braga no Flamengo, o quintal vascaíno de Eurico Miranda, a família Teixeira e seu castelo de areia, ou os Perrelas que usam o sucesso do Cruzeiro como argumento para seus atos.
Esse é o primeiro passo para a tão sonhada moralização do futebol, ou ao menos a transparência de saber quais são as reais intenções dos dirigentes. Se de fato o trabalho for sério, não precisa-se pensar duas vezes em por onde começar: Ricardo Teixeira da BF e Carlos Arthur Nuzman no COI.
Foto – Eduardo Campos, Prefeito do Rio de Janeiro, Orlando Silva e Carlos Arthur Nuzman, divertindo-se ao som da bateria da Portela. Harmonia nota 10 entre os dirigentes. Eu não depositaria tantas esperanças nessa promessa.
Heitor Mário Freddo
Pois em meio a esse ritmo de pandeiros e tamborins, Silva assegurou que, em breve, o Congresso votará mudanças na Lei Pelé, a criação do Rei do Futebol na tentativa de moralizar os clubes brasileiros. Embora as instituições de futebol abominem um ponto específico – o fim do passe de jogadores e sua consequente “liberdade” de seu formador –, é justamente em cima dos mandatários que, segundo o folião, haverá a aplicação de um rigor.
O deputado federal José Rocha (PR-BA) é o Mestre Salas da proposta de mudanças. Através dela, o presidente de um clube de futebol terá que arcar com todas as responsabilidades de sua gestão – algo já definido pela lei de Responsabilidades Fiscais –, mas de uma forma nova: seu patrimônio pessoal será utilizado como garantia caso sua gestão comprometa a saúde financeira da agremiação.
“Será a hora de vermos quem está comprometido em moralizar o futebol. Defenderei a manutenção da punibilidade dos dirigentes e até o endurecimento das penas”, declarou o comunista ao Jornal Lance!.
Convenhamos, assim como o garoto do baile promete até casamento a uma menina que ele jamais terá contato, um político também aproveita a empolgação popular para receber confetes sobre si. Mas vamos imaginar o contrário, o clima da Sapucaí e a “seriedade” das Escolas Cariocas sensibilizaram o Ministro a ponto de agilizar atitudes pelo futebol. Se isso de fato ocorrer, a casa vai cair para muita gente.
Mais do que péssimos administradores, os maiores clubes do país – com raras exceções, como o São Paulo –, vivem em regimes ditatoriais, de verdadeiros déspotas que em nada se preocupam com as consequências de suas insanidades. Que o diga Alberto Dualib e sua parceria com a MSI, as contratações irresponsáveis de Márcio Braga no Flamengo, o quintal vascaíno de Eurico Miranda, a família Teixeira e seu castelo de areia, ou os Perrelas que usam o sucesso do Cruzeiro como argumento para seus atos.
Esse é o primeiro passo para a tão sonhada moralização do futebol, ou ao menos a transparência de saber quais são as reais intenções dos dirigentes. Se de fato o trabalho for sério, não precisa-se pensar duas vezes em por onde começar: Ricardo Teixeira da BF e Carlos Arthur Nuzman no COI.
Foto – Eduardo Campos, Prefeito do Rio de Janeiro, Orlando Silva e Carlos Arthur Nuzman, divertindo-se ao som da bateria da Portela. Harmonia nota 10 entre os dirigentes. Eu não depositaria tantas esperanças nessa promessa.
Heitor Mário Freddo
Um comentário:
Aeee...até que enfim alguem lembrou q o Cruzeiro existe, não que o comentario tenha sido elogioso. Maaaas, só saber q ele é lembrado ja é algo!!
:D
beijos hectorrr
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