
Uma das mais tradicionais atitudes dentro da maior parte das instituições é tentar encobrir seus erros de todas as maneiras. Quando essa instituição é pública, maior ainda é o empenho de várias organizações para tentar inocentá-la. Agora o que dirá no caso da Scotland Yard, a “Polícia Federal e Inteligente” Britânica.
Depois de mais de três anos de “investigações e inquéritos”, a promotoria inglesa afirmou hoje que nenhum policial será processado pela morte do eletricista brasileiro Jean Charles de Menezes.
A decisão foi tomada após o inquérito ser reaberto depois de, no fim do ano passado, ter uma "sentença inconclusiva". Portanto, todos os envolvidos no assassinato do imigrante brasileiro estavam apenas “cumprindo as ordens” de atirar em qualquer suspeito de envolvimento com a onda de terrorismo que tomou conta de Londres à época.
O advogado Stephen O'Doherty, responsável por revisar as provas, disse "não ter encontrado provas suficientes de que qualquer crime tenha sido cometido por oficiais individualmente na morte trágica de Jean Charles” e que, “na confusão, ninguém poderia dar um relato correto”, como publicou o site Último Segundo.
Vale lembrar o caso: Jean Charles de Menezes, de 27 anos, foi morto na estação de Stockwell, no metrô de Londres, em 22 de julho de 2005. Confundido com o terrorista etíope Hussain Osman, um dos autores dos ataques fracassados no dia anterior na capital britânica, o eletricista levou sete tiros na cabeça, disparados pela polícia metropolitana, a Scotland Yard.
O protecionismo absurdo pode nos levar a várias interpretações: defesa do nacionalismo britânico (“nossas autoridades raramente se enganam”), a esperança de que a atitude não se repercuta pelo mundo ou até xenofobia pelo fato da vítima ser brasileira e, pior, estar ilegalmente no país.
Mas diferentemente dos brasileiros, a população britânica não assiste calada a esse vergonhoso caso, cobrando que justiça seja feita, mesmo que para isso “corte-se na própria carne”. Agora, em relação às autoridades, as inglesas, logicamente, defenderão a Scotland Yard, como já é de se imaginar. Enquanto isso, nosso governo finge que nada aconteceu. Ou alguém acredita que Lula colocará em risco a boa diplomacia com a terra da Rainha em troca de justiça pela morte de um “companheiro” eletricista?
Depois de mais de três anos de “investigações e inquéritos”, a promotoria inglesa afirmou hoje que nenhum policial será processado pela morte do eletricista brasileiro Jean Charles de Menezes.
A decisão foi tomada após o inquérito ser reaberto depois de, no fim do ano passado, ter uma "sentença inconclusiva". Portanto, todos os envolvidos no assassinato do imigrante brasileiro estavam apenas “cumprindo as ordens” de atirar em qualquer suspeito de envolvimento com a onda de terrorismo que tomou conta de Londres à época.
O advogado Stephen O'Doherty, responsável por revisar as provas, disse "não ter encontrado provas suficientes de que qualquer crime tenha sido cometido por oficiais individualmente na morte trágica de Jean Charles” e que, “na confusão, ninguém poderia dar um relato correto”, como publicou o site Último Segundo.
Vale lembrar o caso: Jean Charles de Menezes, de 27 anos, foi morto na estação de Stockwell, no metrô de Londres, em 22 de julho de 2005. Confundido com o terrorista etíope Hussain Osman, um dos autores dos ataques fracassados no dia anterior na capital britânica, o eletricista levou sete tiros na cabeça, disparados pela polícia metropolitana, a Scotland Yard.
O protecionismo absurdo pode nos levar a várias interpretações: defesa do nacionalismo britânico (“nossas autoridades raramente se enganam”), a esperança de que a atitude não se repercuta pelo mundo ou até xenofobia pelo fato da vítima ser brasileira e, pior, estar ilegalmente no país.
Mas diferentemente dos brasileiros, a população britânica não assiste calada a esse vergonhoso caso, cobrando que justiça seja feita, mesmo que para isso “corte-se na própria carne”. Agora, em relação às autoridades, as inglesas, logicamente, defenderão a Scotland Yard, como já é de se imaginar. Enquanto isso, nosso governo finge que nada aconteceu. Ou alguém acredita que Lula colocará em risco a boa diplomacia com a terra da Rainha em troca de justiça pela morte de um “companheiro” eletricista?
Foto - homenagem da população britânica a Jean Charles em 2005. "Eles estão nos matando, irmão. Aqui, não no Iraque. Paz". Esperamos que a cobrança por justiça continue por parte deles, porque se depender do Brasil, o caso será completamente esquecido.
PS - Uma curiosidade sobre o caso. No final do ano passado, um cartaz de cinema provocou grande polêmica e fez a população relembrar a história do brasileiro. Um anúncio publicitário teve de ser retirado da parede da plataforma de metrô em que Jean Charles foi assassinado. A propaganda era do filme policial As Duas Faces da Lei - com Al Pacino e Robert DeNiro - e apresentava o seguinte slogan: "Não há nada errado em um pequeno tiroteio, contanto que as pessoas certas sejam atingidas". O Governo considerou-a desrespeitosa e exigiu sua imediata retirada.Heitor Mário Freddo
Um comentário:
O descaso chega a dar nojo. Parece que a população inglesa se preocupa mais com o ocorrido doque nós brasileiros.
Há tmb o descaso politico. Mas disse td ao falar que o Lula não vai querer manchar a boa relação com a Inglaterra. Agora com Itália tá liberado né?!
¬¬
Beijos,
Cá Reis
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