terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Nunca antes neste país


O presidente Lula caminha a passos largos para ser o melhor presidente da história do Brasil. Pelo menos é o que apontam os índices de popularidade da mais recente pesquisa CNI/Ibope.
73% dos entrevistados avaliaram o governo como ótimo ou bom; 20% avaliaram em regular e apenas 6% como ruim ou péssimo.
Considerando que “regular” representa um “aprovado com ressalvas”, 93% da população brasileira aprova os 6 anos do ex sindicalista.
E quem acreditava que Lula só era querido pelos pobres e no nordeste enganou-se. O maior índice de aprovação está entre as classes B e C de todas as regiões.
É inegável que o principal motivo é o carisma do Presidente, um homem simples, com discursos compreendidos por qualquer brasileiro sem, no entanto, ser populista.
Logicamente que Lula não é o melhor governante de todos os tempos, haja vista todos os desvios éticos de sua equipe de governo, em alianças formadas com financiadores da ditadura, esquemas de corrupção do PT, tentativa de encobrir escândalos de corrupção de aliados como Renan Calheiros e Severino Cavalcanti. Isso sem contar no quanto este governo ajudou a vida dos banqueiros.
Mas a ética é um assunto tão esquecido na política brasileira mesmo.
A estabilidade econômica é um motivo para tamanha aprovação também. Mas lembremos que nos anos de chumbo do Governo Geisel , o Brasil também nadava de braçadas sem, no entanto, termos um governo digno.
Pessoalmente, gosto bastante do Presidente, sobretudo por sua biografia e seu talento político. Considero seu Governo como regular/positivo, sobretudo por trabalhos como o Bolsa Família e o ProUni que, de fato, mudaram a vida de pessoas de baixa renda, sem muita poesia (como o governo FHC) e muita prática. Mas a ética mancha demais essa administração.
Ser aprovado com essa margem toda é um enorme exagero que mostra que acompanhar política significa apenas conhecer quem ocupa cada cargo. Quanto mais popular ele for, melhor avaliado será.

Heitor Mário Freddo

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