
A cada dia, tento entender melhor o comportamento das pessoas, motivo pelo qual meu humor às vezes fica bastante abalado.
Mas fica difícil não ter nojo de gente com o caráter como o de um médico, cuja história fiquei sabendo nos últimos dias. Compartilho com vocês então um pouco do sentimento que tomou conta de mim, e a indignação que a história me causou.
Um conceituado médico urologista de Jundiaí sempre foi respeitado por seu trabalho e sua, até então, honestidade.
Mas um colega de trabalho seu, que merece toda a credibilidade, e que se demonstrou enojado com essa atitude, confidenciou a meu pai (que trouxe até mim) um pouco desse profissional, cujo trabalho pode ser considerado “as mãos de Deus na Terra”.
Contou ele que, no ano passado, uma paciente muito simples seria atendida pelo SUS com a possibilidade de ser vítima de um câncer no reto. Como se sabe, nosso Sistema de Saúde paga extremamente mal ao médicos por consultas e cirurgia. Mas pagam.
Esse doutor atendeu a humilde senhora e lhe disse que seria necessária uma bateria de cirurgias, as quais o SUS pagava, mas que, segundo ele, sua mão de obra não seria remunerada.
Sem o menor pudor, o urologista pediu que seu trabalho fosse pago pela família, mas ela não teria condições de assim fazer.
A solução encontrada por ele foi simples:
- A senhora tem televisão na sua casa?
- Tenho sim.
- Pois então venda e use o dinheiro para me pagar.
Alguém conseguiria me explicar o que leva um homem formado, experiente e com boas condições financeiras retirar o pouquinho da sua família para pagar, talvez, um jantar requintado ou uma noitada com prostitutas?
Ninguém colocou uma arma na cabeça desse senhor para que ele fosse médico. Então não reclame do peso dessa profissão e dedique sua vida a atender outros seres humanos.
Pacientes não são clientes e são insubstituíveis.
Heitor Mário Freddo
Mas fica difícil não ter nojo de gente com o caráter como o de um médico, cuja história fiquei sabendo nos últimos dias. Compartilho com vocês então um pouco do sentimento que tomou conta de mim, e a indignação que a história me causou.
Um conceituado médico urologista de Jundiaí sempre foi respeitado por seu trabalho e sua, até então, honestidade.
Mas um colega de trabalho seu, que merece toda a credibilidade, e que se demonstrou enojado com essa atitude, confidenciou a meu pai (que trouxe até mim) um pouco desse profissional, cujo trabalho pode ser considerado “as mãos de Deus na Terra”.
Contou ele que, no ano passado, uma paciente muito simples seria atendida pelo SUS com a possibilidade de ser vítima de um câncer no reto. Como se sabe, nosso Sistema de Saúde paga extremamente mal ao médicos por consultas e cirurgia. Mas pagam.
Esse doutor atendeu a humilde senhora e lhe disse que seria necessária uma bateria de cirurgias, as quais o SUS pagava, mas que, segundo ele, sua mão de obra não seria remunerada.
Sem o menor pudor, o urologista pediu que seu trabalho fosse pago pela família, mas ela não teria condições de assim fazer.
A solução encontrada por ele foi simples:
- A senhora tem televisão na sua casa?
- Tenho sim.
- Pois então venda e use o dinheiro para me pagar.
Alguém conseguiria me explicar o que leva um homem formado, experiente e com boas condições financeiras retirar o pouquinho da sua família para pagar, talvez, um jantar requintado ou uma noitada com prostitutas?
Ninguém colocou uma arma na cabeça desse senhor para que ele fosse médico. Então não reclame do peso dessa profissão e dedique sua vida a atender outros seres humanos.
Pacientes não são clientes e são insubstituíveis.
Heitor Mário Freddo
3 comentários:
Meu pai é médico, e por isso, já ouvi muitas histórias do tipo. Lendo seu texto me recordei de uma, que ocorreu na fronteira do RS com a Argentina. Um médico, muito conhecido na cidade, que iria se candidatar a prefeito, pedia a meu pai que encaminhassem os pacientes para a internação mesmo que não tivessem nada de grave. O objetivo? Se mostrar um bom médico para a família e conseguir seus votos. Meu pai, eticamente, recusou.
Nesse mundo a gente encontra cada coisa que é difícil de acreditar...
Que grande FDP...
Isso me irrita profundamente, tenho médicos e dentistas na famílai, e tenho certeza que nenhum deles faria uma picaretagem destas.
Ele estudou rpa ser um idiota?
Sinceramente, não precisava, com certeza ele já nasceu assim, que fosse então um empresário, ou melhor, UM POLÍTICO. (só brincando)
Beijos,
Cá Reis
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