Na edição da semana passada, a revista Veja publicou em suas páginas amarelas uma entrevista com o Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc (foto), intitulada “Tem de ter televisão”.
Considerado um midiático, o sucessor da discretíssima (e quase apagada, mas competente) Marina Silva, o fundador do Partido Verde disse concordar com a fama, afirmando que essa é sua estratégia.
“Dizem que eu quero aparecer, mas ninguém lê o Diário Oficial”.
Por uma lado o ministro tem razão em usar a imprensa e toda sua força para debater um assunto tão sério, mas a afirmação nos leva a pensar: o quanto de nossa política não é apenas um grande teatro (ou circo, você escolhe).
Ao mesmo tempo em que critica o avanço do cultivo de soja pela amazônia, Minc já concedeu 200 licenças para obras de infra-estruturade terra em 6 meses. Mas somente no primeiro caso ele utiliza a imprensa.
E isso não cabe apenas a ele, claro. Ou alguém acredita que a grande parte da situação e oposição brasileiras realmente se importam com os interesses do povo ao entrarem em embate?
Quanto mais conflito entre elas, maior o holofote e, consequentemente, maiores as vantagens pessoais.
Quanto ao ministro, sua escolha foi feita simplesmente para destrancar as licenças para que grandes empreiteiras continuem com suas altas cifras.
É um político que, sozinho, morde e assopra. Mas para a segunda parte, tem de ter televisão.
Heitor Mário Freddo
Considerado um midiático, o sucessor da discretíssima (e quase apagada, mas competente) Marina Silva, o fundador do Partido Verde disse concordar com a fama, afirmando que essa é sua estratégia.
“Dizem que eu quero aparecer, mas ninguém lê o Diário Oficial”.
Por uma lado o ministro tem razão em usar a imprensa e toda sua força para debater um assunto tão sério, mas a afirmação nos leva a pensar: o quanto de nossa política não é apenas um grande teatro (ou circo, você escolhe).
Ao mesmo tempo em que critica o avanço do cultivo de soja pela amazônia, Minc já concedeu 200 licenças para obras de infra-estruturade terra em 6 meses. Mas somente no primeiro caso ele utiliza a imprensa.
E isso não cabe apenas a ele, claro. Ou alguém acredita que a grande parte da situação e oposição brasileiras realmente se importam com os interesses do povo ao entrarem em embate?
Quanto mais conflito entre elas, maior o holofote e, consequentemente, maiores as vantagens pessoais.
Quanto ao ministro, sua escolha foi feita simplesmente para destrancar as licenças para que grandes empreiteiras continuem com suas altas cifras.
É um político que, sozinho, morde e assopra. Mas para a segunda parte, tem de ter televisão.
Heitor Mário Freddo
Um comentário:
Eu gostava da Marina Silva...apagadinha, mas muito competente.
Cá Reis
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