
Insônia. Uma coisa que você deseja até você ter. É mais ou menos como quando se é criança e o maior sonho é usar aparelho dentário fixo. “Uau, o Joãozinho tá de aparelho! Aquele sortudo...Ainda por cima escolheu a cor vermelho sangue para as borrachinhas...hunf”.
“A vida passa muito rápido e se não pararmos para olhá-la de vez em quando, pode passar despercebida”. Palavras do lendário personagem Ferris Buller, em Curtindo a Vida Adoidado. Posso dizer que, após passar duas horas olhando as estrelinhas fosforescentes do teto do meu quarto, eu olhei a minha vida. Foi uma experiência impressionante, uma quase crise existencial, que foi desde uma coisa meio ‘estou com amnésia’ (quem sou eu? De onde vim? Pra onde vou?), passou por um ‘momento emo’ (sou insignificante, ninguém me ama, com licença, vou cortar meus pulsos) e terminou com a fase da aceitação (realmente não sou nada, meus problemas são ridículos em relação ao mundo e eu deveria ter vergonha na cara por ter tido um momento emo!).
Acho que existem duas ocasiões em que pensamos mais a fundo nossas vidas: quando se está com insônia ou prestes a morrer (esta depende da quantidade de tempo que se tem antes de morrer; muita gente fala que a vida inteira passa tipo um flash, mas não dá pra saber, não é mesmo?). Agora, sem mais divagações sobre aparelhos, filmes e crises, afinal insônia é o tema do meu texto.
Quando uma pessoa não consegue dormir, tende a ficar muito brava e um pouco entediada, porque dormir é bom. Então ela fica lá, vendo o tempo passar, pensando naquelas receitas milagrosas da vó que fazem o sono voltar, tipo, tomar um copo de leite quente. O problema é a preguiça de ir até a cozinha esquentar o leite. Daí você deixa quieto e num ato de desespero começa a contar carneirinhos. Só que se você for como eu, seus carneirinhos são muito loucos e mutantes, tropeçam uns nos outros, não conseguem pular a cerca ou fazem birra não querendo pular a cerca. Você até que poderia ficar de boa pensando na vida, fazendo planos para o futuro e tendo idéias divertidas para o TCC. Mas se você quer mesmo dormir, parte para o plano C, (para mim) o mais infalível de todos: ler um livro. Mas não pode ser qualquer livro. Não pode ser, por exemplo, o livro da sua cabeceira, porque você vai acabar lendo ele inteiro e não vai dormir. Deixe a preguiça de lado e pegue na prateleira qualquer livro indígena do José de Alencar. Pronto! Você nem vai ver o Jaguarê encontrar a Araci, muito menos a Iracema atirar uma flecha no Martim e com certeza vai pegar no sono antes de acabar a descrição dos longos cabelos louros de Ceci. Boa noite.
“A vida passa muito rápido e se não pararmos para olhá-la de vez em quando, pode passar despercebida”. Palavras do lendário personagem Ferris Buller, em Curtindo a Vida Adoidado. Posso dizer que, após passar duas horas olhando as estrelinhas fosforescentes do teto do meu quarto, eu olhei a minha vida. Foi uma experiência impressionante, uma quase crise existencial, que foi desde uma coisa meio ‘estou com amnésia’ (quem sou eu? De onde vim? Pra onde vou?), passou por um ‘momento emo’ (sou insignificante, ninguém me ama, com licença, vou cortar meus pulsos) e terminou com a fase da aceitação (realmente não sou nada, meus problemas são ridículos em relação ao mundo e eu deveria ter vergonha na cara por ter tido um momento emo!).
Acho que existem duas ocasiões em que pensamos mais a fundo nossas vidas: quando se está com insônia ou prestes a morrer (esta depende da quantidade de tempo que se tem antes de morrer; muita gente fala que a vida inteira passa tipo um flash, mas não dá pra saber, não é mesmo?). Agora, sem mais divagações sobre aparelhos, filmes e crises, afinal insônia é o tema do meu texto.
Quando uma pessoa não consegue dormir, tende a ficar muito brava e um pouco entediada, porque dormir é bom. Então ela fica lá, vendo o tempo passar, pensando naquelas receitas milagrosas da vó que fazem o sono voltar, tipo, tomar um copo de leite quente. O problema é a preguiça de ir até a cozinha esquentar o leite. Daí você deixa quieto e num ato de desespero começa a contar carneirinhos. Só que se você for como eu, seus carneirinhos são muito loucos e mutantes, tropeçam uns nos outros, não conseguem pular a cerca ou fazem birra não querendo pular a cerca. Você até que poderia ficar de boa pensando na vida, fazendo planos para o futuro e tendo idéias divertidas para o TCC. Mas se você quer mesmo dormir, parte para o plano C, (para mim) o mais infalível de todos: ler um livro. Mas não pode ser qualquer livro. Não pode ser, por exemplo, o livro da sua cabeceira, porque você vai acabar lendo ele inteiro e não vai dormir. Deixe a preguiça de lado e pegue na prateleira qualquer livro indígena do José de Alencar. Pronto! Você nem vai ver o Jaguarê encontrar a Araci, muito menos a Iracema atirar uma flecha no Martim e com certeza vai pegar no sono antes de acabar a descrição dos longos cabelos louros de Ceci. Boa noite.
Patrícia Vergili
5 comentários:
Muito, muito bom!
E sou testemunha de que esse texto surgi numa insônia, pq as duas da manhã ele ainda não estava postado (sim, eu também madruguei).
Foi a insônia mais produtiva possível.
Parabéns.
durmiu bem depois? hahaha
Muito legal, carneirinhos mutantes eu não vejo não, faço as maiores viagens, até consegui lembrar quem tirou quem no amigo secreto entre meus amigos no ano passado.
É sempre bom ver seus textos meio excêntricos Patty.
Demais!!!!
Ri muito lendo, ta a sua cara, Patty!!
Ter insônia pode ser muito muito produtivo.(embora seja um saco, eu sei, porque sempre tneho, e sempre cometo o errod e pegar o livro da cabeceira e amanhecer lendo! ¬¬)
Com certeza ler os livros indígenas de José de Alencar dá sono.
Beijão,
Cá Reis
Insônia...tive durante um bom tempo da minha vida!!
Pena que não era produtiva como a sua!!!!
Seu texto ficou demais!!
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