
Cinema não é apenas um local para diversão e pipoca, para histórias que prensam a sua atenção, seja pela adrenalina – incluindo sangue e porrada -, seja pela risada ou pela emoção. Também não é a melhor pracinha para casais de namorados. Como a maioria dos frequentadores das salas de cinema no Brasil não sabem disso ou discordam completamente (achando que pagar o ingresso significa receber algo em troca, como gargalhadas ou lições de moral baratas), certamente você verá manifestações de desgosto em todas as salas de exibição de Foi Apenas um Sonho (Revolutionary Road), filme com 3 indicações ao Oscar – Melhor Ator Coadjuvante para Michael Shannon, Melhor Figurino e Direção de Arte.
O longa, baseado no livro Revolutionary Road de Richard Yates, é um bom exemplo de que o cinema é uma arte, capaz de representar histórias cotidianas. A produção é um perfeito exemplo do que é contar uma boa história: o drama é tratado com maturidade, sem espetáculos, em tempo cronológico e respeitando a inteligência do espectador, ou seja, sem precisar entregar tudo mastigado (embora em alguns momentos caia nessa tentação) e podendo utilizar-se do subentendido para não precisar tornar a história banal, evitando, por exemplo, detalhar cenas sexuais.
Com direção de Sam Mendes (Beleza Americana e Estrada para a Perdição), o filme marca o retorno do casal Leonardo DiCaprio e KateWinslet (esposa de Mendes), mas quem espera acompanhar um segundo tempo de Rose e Jack mude de ideia.
O longa, baseado no livro Revolutionary Road de Richard Yates, é um bom exemplo de que o cinema é uma arte, capaz de representar histórias cotidianas. A produção é um perfeito exemplo do que é contar uma boa história: o drama é tratado com maturidade, sem espetáculos, em tempo cronológico e respeitando a inteligência do espectador, ou seja, sem precisar entregar tudo mastigado (embora em alguns momentos caia nessa tentação) e podendo utilizar-se do subentendido para não precisar tornar a história banal, evitando, por exemplo, detalhar cenas sexuais.
Com direção de Sam Mendes (Beleza Americana e Estrada para a Perdição), o filme marca o retorno do casal Leonardo DiCaprio e KateWinslet (esposa de Mendes), mas quem espera acompanhar um segundo tempo de Rose e Jack mude de ideia.
Tudo se passa durante os anos 50 no estado americano de Connecticut e o foco é a vida de um casal de classe média que percebe-se frustrado nas realizações de seu sonhos e preso a uma vida confortável porém monótona, em que April (Kate) trocou as chances de ser atriz pela criação dos filhos e Frank Wheeler (DiCaprio) segue o mesmo caminho do pai, na mesma empresa, algo que sempre venerou.
Decidida a mudar a situação, April propõe que comecem tudo de novo, deixando de lado o conforto da atual casa e recomeçando em Paris. A partir daí, o filme é conduzido pelas discussões de relação, expectativas de vida e principalmente, a perda da esperança – e sua possível recuperação. Já aviso: não caia na pegadinha da infeliz tradução para o português.
Destaca-se também a história de John Givings, um matemático que a sociedade garante ter problemas mentais – sendo recém saído do manicômio, onde confessou sofrer mais de 30 choques elétricos – mas que mostra-se um homem sensível e de uma percepção ímpar do caráter humano. O mérito fica por conta de Michael Shannon, que só não será vencedor na categoria Ator Coadjuvante por ter a concorrência de Heath Ledger, que merece tanto o prêmio quanto a homenagem.
Sobre o casal, Leonardo DiCaprio é mais uma vez perfeito, dessa vez por desempenhar ótimo papel de escada para Kate Winslet, vencedora do Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama por esse filme e candidata ao Oscar de Melhor Atriz pelo filme O Leitor. O enfoque principal é sobre ela, não por mera proteção e vaidade do marido, mas por sua personagem ser mais forte e ter papel mais importante no relacionamento. A atriz vai muito bem, mas não a ponto de desbancar Angelina Jolie em A Troca.
O figurino não arranca suspiros – DiCaprio aparece quase o filme todo de terno -, sendo muito difícil vencer nessa categoria. Resta apenas Direção de Arte, cujos concorrentes são O Curioso Caso de Benjamin Button, A Troca, Batman - O Cavaleiro das Trevas e A Duquesa.
Foi Apenas um Sonho: um ótimo filme para quem não for ao cinema passear.
Heitor Mário Freddo
Decidida a mudar a situação, April propõe que comecem tudo de novo, deixando de lado o conforto da atual casa e recomeçando em Paris. A partir daí, o filme é conduzido pelas discussões de relação, expectativas de vida e principalmente, a perda da esperança – e sua possível recuperação. Já aviso: não caia na pegadinha da infeliz tradução para o português.
Destaca-se também a história de John Givings, um matemático que a sociedade garante ter problemas mentais – sendo recém saído do manicômio, onde confessou sofrer mais de 30 choques elétricos – mas que mostra-se um homem sensível e de uma percepção ímpar do caráter humano. O mérito fica por conta de Michael Shannon, que só não será vencedor na categoria Ator Coadjuvante por ter a concorrência de Heath Ledger, que merece tanto o prêmio quanto a homenagem.
Sobre o casal, Leonardo DiCaprio é mais uma vez perfeito, dessa vez por desempenhar ótimo papel de escada para Kate Winslet, vencedora do Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama por esse filme e candidata ao Oscar de Melhor Atriz pelo filme O Leitor. O enfoque principal é sobre ela, não por mera proteção e vaidade do marido, mas por sua personagem ser mais forte e ter papel mais importante no relacionamento. A atriz vai muito bem, mas não a ponto de desbancar Angelina Jolie em A Troca.
O figurino não arranca suspiros – DiCaprio aparece quase o filme todo de terno -, sendo muito difícil vencer nessa categoria. Resta apenas Direção de Arte, cujos concorrentes são O Curioso Caso de Benjamin Button, A Troca, Batman - O Cavaleiro das Trevas e A Duquesa.
Foi Apenas um Sonho: um ótimo filme para quem não for ao cinema passear.
Heitor Mário Freddo
Um comentário:
Eu li sim, tá?!
VOu assistir o filme essa semana, depois dou um feedback!
Biejos querido,
Cá Reis
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