Há esperança...

O basquete brasileiro vive um momento importante na sua história. Em meio as comemorações dos 50 anos do primeiro título mundial conquistado, iniciou-se essa semana a disputa do Novo Basquete Brasil (NBB). O campeonato, organizado pela Liga Nacional de Basquete e outorgado pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), tem inscrito 15 equipes. Elas jogam em turno e returno, sendo que os oitos melhores se classificam para as oitavas-de-final. Nesta segunda fase, os embates serão decididos em melhores de cinco, ou seja, para uma equipe avançar é necessário vencer três jogos. A competição também prevê a realização de um jogo no estilo All Star, da NBA, no intervalo do turno e returno. Toda essa esquematização tem um objetivo claro: colocar o Brasil de volta no cenário mundial do esporte. A criação de uma Liga competitiva, clara, e longe de problemas políticos, é o primeiro passo. No entanto, de nada basta ter tudo isto se não existir transparência e trabalho. Nas últimas competições internacionais, as equipes brasileiras raramente contaram com os jogadores que estão na NBA. O motivo geralmente alegado era o não pagamento do seguro proposto pelas equipes americanas. Os valores podem até serem altos, mas os times estão certos. São investidos milhões em seus jogadores e, por isso, uma lesão pode acarretar prejuízos enormes. Porém, quem mais perde com tudo isso é o nosso basquete masculino. De fora desde Atlanta-96, perdemos notoriedade porque não fomos audaciosos ao ponto de investirmos em uma liga, pagar pelos tais seguros, e lutar para acabar com as irregularidades que a CBB cometia. O NBB, como já disse, é o início. Veremos agora se nosso basquete merece realmente essa sigla.

Foto: O armador Marcelinho, do Flamengo, é uma das estrelas do NBB.

Eric Rocha