Sabemos que boa parte dos políticos brasileiros não tem o menor pudor em serem corruptos e fingirem que são santos. Em geral, essas verdadeiras raposas são caçadores da imprensa, procurando qualquer frase que seja dita contra eles para processá-lo. Paulo Maluf é o “Big Boss” nessa prática, que depois de inúmeros processos, por exemplo, contra Marcelo Tas (todos perdidos) agora tenta tirar proveito do popular programa CQC, fazendo o papel do político “boa praça”.
O novo personagem desse circo é o senador [pasmem] e ex presidente da República Fernando Collor de Melo. O senador pelo PTB de Alagoas perdeu ontem uma ação por danos morais ajuizada contra o jornalista e atual secretário de Comunicação Social do governo Lula Franklin Martins e a revista “Brasília em Dia”.
Collor acusava o jornalista de ter sugerido, em entrevista publicada em 2005 (antes dele voltar ao poder, portanto), que ele era corrupto. Dá até pena dele, não?
A ação foi julgada e considerada improcedente. Ainda bem, pois se o “caçador de marajás” vencesse o processo, não tenha dúvida de que uma onda de “mordaça legal” seria implantada no país.
A declaração de Franklin Martins foi a seguinte: a revista perguntou a ele se o caso do Mensalão do governo Lula era semelhante ao escândalo que levou Collor ao impeachment em 1991. Franklin respondeu que “os casos eram diferentes. Havia uma quadrilha cujo chefe era o presidente da República, o braço direito era o PC Farias tomando dinheiro de empresas em todo o país. (...) Collor era para estar na cadeia”.
Em sua defesa, Collor alegou que o secretário “excedeu o direito de liberdade de expressão”. A palavra liberdade costuma significar LIVRE, ou seja, respaldado por lei com o direito de emitir suas opiniões. A revista também foi processada por exceder deste direito, mas alegou que apenas divulgou algo marcado na história do país.
Dessa vez fez-se justiça e mais, o caso tomou repercussão nacional, mas quantos outros jornalistas espalhados pelo Brasil não sofrem perseguições e são processados por políticos apenas por terem criticado-os? Em cidades médias e pequenas, quantos políticos não utilizam sua influência para amordaçar críticos, seja por processos seja pela força bruta?
Ah, ainda cabe recurso ao nosso injustiçado ex presidente. Quem sabe em uma instância superior ele não consiga destruir um jornalista que não gosta do nosso grande defensor da ética, dos bons costumes e da moderada liberdade de expressão?
Heitor Mário Freddo
O novo personagem desse circo é o senador [pasmem] e ex presidente da República Fernando Collor de Melo. O senador pelo PTB de Alagoas perdeu ontem uma ação por danos morais ajuizada contra o jornalista e atual secretário de Comunicação Social do governo Lula Franklin Martins e a revista “Brasília em Dia”.
Collor acusava o jornalista de ter sugerido, em entrevista publicada em 2005 (antes dele voltar ao poder, portanto), que ele era corrupto. Dá até pena dele, não?
A ação foi julgada e considerada improcedente. Ainda bem, pois se o “caçador de marajás” vencesse o processo, não tenha dúvida de que uma onda de “mordaça legal” seria implantada no país.
A declaração de Franklin Martins foi a seguinte: a revista perguntou a ele se o caso do Mensalão do governo Lula era semelhante ao escândalo que levou Collor ao impeachment em 1991. Franklin respondeu que “os casos eram diferentes. Havia uma quadrilha cujo chefe era o presidente da República, o braço direito era o PC Farias tomando dinheiro de empresas em todo o país. (...) Collor era para estar na cadeia”.
Em sua defesa, Collor alegou que o secretário “excedeu o direito de liberdade de expressão”. A palavra liberdade costuma significar LIVRE, ou seja, respaldado por lei com o direito de emitir suas opiniões. A revista também foi processada por exceder deste direito, mas alegou que apenas divulgou algo marcado na história do país.
Dessa vez fez-se justiça e mais, o caso tomou repercussão nacional, mas quantos outros jornalistas espalhados pelo Brasil não sofrem perseguições e são processados por políticos apenas por terem criticado-os? Em cidades médias e pequenas, quantos políticos não utilizam sua influência para amordaçar críticos, seja por processos seja pela força bruta?
Ah, ainda cabe recurso ao nosso injustiçado ex presidente. Quem sabe em uma instância superior ele não consiga destruir um jornalista que não gosta do nosso grande defensor da ética, dos bons costumes e da moderada liberdade de expressão?
Heitor Mário Freddo
2 comentários:
"Exceder a liberdade de expressão"...
Como ressaltado pelo Heitor, Liberdade é estar LIVRE. É como mulher grávida: ou está gravida ou não está!
Também, o que poderíamos esperar do homem da Casa da Dinda? Apesar que, se formos a fundo, ele sofreu todo o processo de cassação devido a um Fiat Elba! Imaginem o que poderia acontecer se o mesmo rigor ocorresse com os envolvidos do Mensalão?
Se ele pudesse tentar um Gilmar Mendes, o êxito seria garantido.
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