sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Recodificando



Sobre as novas regras gramaticais...


Extinguiram o que me era sabido. Do extinto ao extinguido, com o perdão da criação, me tiraram um trema e um conhecido.
No alfabeto, terror antigo, atual amigo, introduziram três intrusos. Não que eu já não usasse Kyoto, Walt Disney e You tube. Mas entraram assim, sem pedir licença. Derrubaram as barreiras e se alojaram nos seus respectivos lugares.
O mais curioso é que me parece que eles sempre lá estiveram, ou pelo menos o lugar estava marcado, como cadeira cativa em determinado estádio.
Não posso dizer que não apoio tais decisões, mesmo porque entre o apoio e o apoiar, já não enxergo a diferença.
Não façamos de tudo isso uma epopeia, já que a Odisseia, também não é mais éia.
Acabaram de me dizer que reformaram a feiura, mas o tuiuiú ainda me parece feio.
Junto com tudo isso, não perdôo mais o amigo, mas abençoo suas decisões.
Jogo polo, mas não vou ao Pólo Norte, já que o frio me arrepiaria os pelos.
Mas aguardo que cesse o frio, porque ele já não pára, e ir para e parar, agora são iguais, como se a pera não fosse mais êra.
No entanto meu irmão não pôde ontem me encontrar, porque dentre tantas mudanças o poder continua no lugar.
Junto do poder, o por e o poente não se misturam, sendo o pôr do sol e o pôr o livro ainda os mesmos, assim como ir por tal caminho me parece mais seguro.
Ninguém pode deter a lei, no entanto muitos detêm o poder, se isso significa uma brecha na estrutura, talvez seja apenas uma antiga forma de cultura.
Apesar de tudo agora tenho certa liberdade, do enxaguar e do delinquir, eu exáguo ou eu exaguo, assim como delínquo ou delinquo. Eis a diferença na forma de pensar, enxergar, ou pronunciar.
Vivo numa macro-história, que começou anteontem e termina semiaberta., mas não sou ultramoderna e posso até ser um pouco antissocial.
Também não espero sentada, pois a revolta deve ser contra-atacada, eis a disputa entre o super-romântico e o superinteressante.
Ando entre girassóis e madressilvas, sendo que os girassóis não mudam de lugar, embora o mandachuva favoreça o aquém-mar.
Não sei se me fiz entender, esclareço que o novo pouco tentei aprender, embora pense que este novo seja mais simples de se compreender.

Carina Reis

7 comentários:

Anônimo disse...

achei bem digno! hahaha
serio mesmo, um poema bacana e de facil compreensao com as novas regras gramaticais bem claras. mando bem Cá!

Unknown disse...

Cá, sua poetisa!!!!
Adorei.
É sempre bom fugir do trivial.

Imprensa Marrom e Cia disse...

Muito bom MESMO

Parabens

Uma cronista nata!

Beijao

Heitor Mário Freddo

Carina Reis disse...

É um poema!
ahuahauhauau

Eu acho, não sei exatamente classificar esse negócio ai.

Beijos,

Cá Reis

Manuela Ceragioli disse...

Falei que todo mundo ia amar, Ca bobinhaa!!!

Amei desde sempre esse texto!!

Beijo

Anônimo disse...

ÓTIMO texto

Beijos

Carina Reis disse...

Obrigada Giuliana!
:D

beijos