
Ocorre que o momento atual é favorável à redução, com a autosuficiência nacional ao petróleo e pela redução de tributações, o que não significa que o preço será mais justo.
A Petrobras admitiu hoje que só vai reduzí-los quando recuperar as perdas que teve ao manter os valores estáveis de 2005 até maio do ano passado, quando a gasolina teve alta de 10% e o diesel, de 15%. Mas isso não significa que a redução será nessas mesmas porcentagens. Isso nunca ocorre.
A empresa já tem até militante nessa campanha. De forma discreta – como sempre faz quando o assunto vai contra o interesse dos trabalhadores – o Presidente Lula afirmou que “uma redução de preços deve ser discutida com a Petrobras, para evitar que a companhia tivesse perdas e que o superávit primário do país fosse afetado”.
A declaração é fruto da preocupação do Governo em sempre manter estável a saúde de suas grandes empresas – o que não está errado –, mas de forma extremamente prejudicial ao trabalhador.
A mesma crise que assusta a Petrobras apavora o trabalhador, que para manter os lucros da “queridinha do Brasil” tem que apertar o seu orçamento familiar, diminuir o uso de seu carro pessoal e pagar uma tarifa mais cara de ônibus, que segue o aumento da gasolina.
O preço de fábrica da gasolina no Brasil é de R$ 1,10 por litro; pelo do diesel, o valor é de R$ 1,33. Segundo a Petrobras, "o resto da composição" de preços é formado por tributos e por uma margem bruta dos distribuidores e revendedores. E quem regula isso é o Governo Federal, que simplesmente lava as mão e ainda dá uma forcinha nessa fase difícil.
Quanto ao trabalhador, que de uma forma ou de outra sentirá esse aumento, o azar é só dele.
Heitor Mário Freddo
3 comentários:
O preço da gasolina é um preço político. É uma estratégia instântanea de aumento de popularidade. Quando for necessário utilizá-la, certamente o governo vai fazer.
Grande Heitor, a Petrobrás sempre atrelou o preço dos combustíveis ao mercado internacional. O que acontece é que, quando o preço estava em alta no mercado externo (e coincidentemente era época de eleições no Brasil), a Petrobrás segurou os aumentos (não é que teve prejuízo, apenas lucrou menos). Agora, ela alega que tem necessidade de recuperar o prejuízo do período.
Interessante o seguinte detalhe: o presidente Lula, na antivéspera da pesquisa de popularidade, disse que pediria à Petrobrás para abaixar os preços.
Parece que não pediu...
Parce que a popularidade do presidente continou em alta... mesmo com o pedido de "mentirinha".
Acido que só ele, esse Heitor.
Realmente a gasolina está caríssima e digo isso como consumidora. Semrpe que abastasse tenho depressão, aprece que cada vez esta mais caro e rende menos.
O governo rpecisa colocar a mão na massa, parar de fazer politicagem e se preocupar só com as boas relações com as grandes empresas. Se no começo da hsitória de Lula o foco era o trabalhador, nao pode ser diferente no final.
Beijos,
Cá Reis
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