sexta-feira, 17 de abril de 2009

Critério de Avaliação

Agora que já temos praticamente encaminhados os candidatos principais à Presidência da República em 2010, a disputa muda de patamar: quem serão os candidatos a vice.
Embora esse cargo não represente basicamente nada numa administração – eles até tentam nos vender a idéia do “braço direito”, o “segundo homem da nação”, mas no fundo ele é mais um conselheiro do Executivo de fato, que nem o poder de escolher seu vice tem.
Do lado de Dilma Roussef, o PT, seu partido, tenta de todas as formas atrair o PMDB numa composição da chapa. E nada melhor do que o vice para contentar esse adorador do poder. Dois nomes se destacam nessa possibilidade, um já há algum tempo e outro mais recente, descoberto pela Revista VEJA.
O já primeiro da fila é Sérgio Cabral, Governador do Rio de Janeiro. Em seu estado, sabe-se lá por que, há essa tradição de que o atual chefe do Governo não concorra à reeleição. Foi assim com Anthony Garotinho, com Rosinha Garotinho – e o Rio agradece eles não terem continuado – e deverá ser assim com o bom Governador Cabral.
O segundo é o atual presidente da Câmara, Michel Temer, que recentemente se aliou ao Governo Lula, mas sempre flertou muito forte com a oposição.
Pelo lado tucano, é cada vez mais comum a prática das “Chapas Puras”, com candidato e vice sendo do PSDB. O Governador José Serra – cujo vice em São Paulo também é de seu partido, Alberto Goldman – é dado como certo para ser líder dessa volta ao Poder Central após oito anos de Lula.
E o desafio de uma boa parte dos tucanos é convencer o Governador Mineiro Aécio Neves, que ainda acredita na possibilidade de ser candidato, pelo menos publicamente, a ser o vice na chapa com Serra.
Hoje ele descartou essa possibilidade e garantiu que mesmo que seja preterido, será um grande apoiador de seu colega de partido, mas de outras maneiras. Isso até ele sentir o cheiro do poder.
Outra possibilidade é o PSDB ampliar alianças e ter como vice um nome forte de um partido aliado. É certo que os co-irmãos DEM e PPS continuarão unidos, mas haverá a busca massiva por novos parceiros.
O vice presidente é importante sim. Não pelo cargo que ele ocupa, como já citei, mas pelo cargo estratégico e embora não seja, deveria ser um forte critério na escolha de seu candidato. Gilberto Kassab surgiu assim e o paulistano o aprovou.
Mas Sarney era somente o vice de Tancredo Neves e deu no que deu.

Heitor Mário Freddo

3 comentários:

Rafael Porcari disse...

Está tão difícil escolher o "presidente ideal", imagine o vice... Mas um ponto interessante: em algumas democracias, se discute que, na ausência permanente do eleito, deva o segundo mais votado assumir. É claro que não temos nações importantes (ou talvez nem de pouca importância) a levar adiante tal debate, mas deveria-se levar mais a sério o cargo de vice, justamente pelos motivos que você muito bem abordou no post!

Imprensa Marrom e Cia disse...

Só para facilitar minha contagem no futuro: texto número 130

HMF

Carina Reis disse...

Heitor se achando aqui embaixo!
:P
Brincando...

O vice é importante sim, pelo menos no meu ponto de vista, a escolha do vice representa o respeito da dupla. Um grande candidato com um vice picareta, se queima do mesmo jeito.

Ótima a referência ao Kassab e ao Sarney.

Beijoca