segunda-feira, 20 de abril de 2009

O Maior do Brasil

O maior clube do Brasil no momento conquistou o título de seu Estado. O Sport Clube Internacional consegue reunir organização, planejamento, torcida presente, dinheiro, estádio, títulos, time com craques e categoria de bases. Tem como concorrentes no país São Paulo, Cruzeiro, Atlético-PR e Sport, mas todos eles pecam em pelo menos um desses quesitos – ao são paulino de plantão já adiando que ao Tricolor falta uma boa categoria de base. E ser campeão da Copa São Paulo não vale; tem que revelar pelo menos um craque por ano.
O Inter conquistou os dois turnos do Gauchão e evitou a decisão de fato – diferentemente do Botafogo no Rio de Janeiro – e mostrou que a boa fase do Grêmio esbarra no bom grupo Colorado: Lauro, Bolívar, Índio, Kléber, Magrão, Rosinei, Sando, Guiñazu,D’Alessandro, Taison, Nilmar conquistaram o Troféu de forma invicta – 21 vitórias e 3 empates, sendo trás Gre-Nais, todos com vitória por 2 a 1. Na final, 8 a 1 em cima do Caxias, com 7 gols marcados no primeiro tempo, repetindo o placar na decisão do ano passado sobre o Juventude. Não precisa ser dito mais nada.
No último dia 4 de abril, o Inter completou 100 anos e afinou um discurso de se tornar a maior potência no futebol sul-americano, espelhando-se no Barcelona e no Manchester United. Pretensão demais? Não para um clube com mais de 83 mil associados, que se dá ao luxo de não precisar colocar ingressos nas bilheterias para encher as arquibancadas. E até o final do ano deve chegar aos 100 mil.
Nenhum clube do país, nem Flamengo e Corinthians com suas nações conseguem tal feito – talvez por que não invistam nessa inteligente ação, talvez por uma diferença no perfil do torcedor.
Esse ano o Inter não disputa a Libertadores, mas isso parece não afetar o Colorado, que aposta tudo em repetir a Tríplice Coroa do Cruzeiro de 2003 – Estadual, Copa do Brasil e Brasileiro – e mais o bi da Sul-americana, cujo único campeão do país é ele próprio.
Logicamente, como todo time do país, há dificuldades financeiras que são resolvidas apenas com a venda de estrelas ao futebol europeu. Foi assim que o Inter pouco aproveitou Alexandre Pato e no começo desse ano teve que se desfazer de Alex, levado por 5 milhões de Euros para o Spartak Moscou, no falido futebol russo.
Ainda assim, o Inter precisa reparar 22 milhões de reais em dívidas. Edinho já rendeu 2,5 milhões de reais ao ser levado ao Lecce da Itália, e se o aumento de sócios não resolver, o clube recorrerá à venda de Sandro, capitão da Seleção Brasileira Sub-20, e Taison, craque ainda em formação que em seu primeiro ano profissional já conquistou a artilharia isolada do Gauchão. Já Nilmar, desse o Inter não se desfaz de maneira alguma.
Outro diferencial do Inter é na parceria. Ao contrário, por exemplo, da relação de total dependência do Palmeiras com a Traffic, o clube gaúcho possui uma parceria com Delcir Sonda, dono do Supermercado Sonda e novo magnata do futebol, que investe milhões no clube sem, no entanto, se tornar dono dele.
Desde 2005, Sonda já emprestou 2 milhões de reais para quitar dívidas, pagou 5 milhões de dólares por D’Alessando, e é procurador de Sandro e Taisson.
Além disso, o empresário também é parceiro do Santos, numa relação bem mais “rabo preso”. E aproveitando a crise do Peixe no começo do ano, comprou o lateral Kléber bem abaixo do preço europeu e o repassou ao Beira Rio. Vale lembrar que ele é titular da Seleção Brasileira.
Agora, Sonda tem uma nova função: descobrir “diamantes” de 16 a 18 anos em clubes do Brasil, Argentina e Argentina para serem “lapidados” pelo Colorado.
Isso sem contar o Estádio José Pinheiro Borda, o Beira Rio – que recebe esse nome por ficar às margens do rio Guaíba –, com capacidade para 60 mil torcedores e que já foi escolhido como o representante Gaúcho para sediar a Copa do Mundo de 2014. Haverá em breve uma reforma que irá cobrir todas as arquibancadas, além de uma grande mudança no Ginásio Gigantinho, que fica ao lado do local. Será um estádio semelhante ao Estádio Olímpico de Munique – o campo do Bayern –, ainda com shopping center e hotel para os clubes visitantes.
No exterior, os clubes conhecidos ainda são Flamengo, Corinthians e São Paulo. Mas muito em breve, vamos nos acostumar a ver o Inter representando nosso país. Será o Boca Júniors brasileiro.

Heitor Mário Freddo

2 comentários:

Eric Rocha disse...

A estrutura, hoje, do Inter é algo de ser aplaudido. Vi isso crescer quando morava no sul. O marketing deles é excelente, com gente capacitada que sabe quando e como investir. Os títulos não são por acaso. O Grêmio também tem uma torcida apaixonada, mas peca nesse aspecto. Uma pena.

Carina Reis disse...

Aiii a dor do cotovelo do Gauchoooooooooooooo!

uahauaahau
Brincando...

Se eu disser que entendo algo de futebol gaucho estarei mentindo, sei muito pouco sobre o Inter e mesmo sobre o Gremio.
Mas gostei de ver a referência ao time mais lindo do Brasil.
CRUZEIROOOO!!

Brincando novamente...

Beijocasss