
Além dos seguranças que já estavam por lá, chegou mais um carro da polícia, depois outro, mais um e, por fim, até a tropa de choque de Brasília. Era uma manifestação pacífica, até atendiamos a certas regras, como dar passagem para quem entrava no STF, não ultrapassávamos as barras de segurança, mas mesmo assim, ainda teve quem tomou empurrões e até golpes mais fortes dos seguranças. Começam os gritos "chega de repressão, liberdade de expressão", "não precisa de polícia, nós lutamos por justiça". E a polícia, como quem não quer nada, cercava nosso grupo.
"Bando de Lalau, justiça cega não lê jornal", a decisão foi adiada para dia 22 de abril, e para variar o diretor de jornalismo da rede Globo já sabia, mas não avisou ninguém. Jornalistas da FENAJ apoiavam nossa causa, e o presidente da mesma, Sérgio Murilo de Andrade, deu um discurso para mostrar a importância do nosso protesto, nos explicou tudo que aconteceu e, disse que sem dúvidas nossa presença deu muita visibilidade ao assunto e vai pressionar na decisão. Disse ainda que recebeu um documento de um analfabeto que quer ser jornalista, e ao mostrar esse documento a Gilmar Mendes ele ficou impressionado.
Não havia nenhuma manifestação de jornalistas em Brasília desde a ditadura militar, portanto foi um importante ato na luta dos direitos de nossa profissão. Serão julgados o diploma e a Lei de Imprensa (que Gilmar Mendes já se mostrou favorável ao direito de resposta) e uma nova caravana de protesto já se organiza para mais uma manifestação e, mesmo que não vençamos essa luta no dia 22, não desistiremos. "Jornalistas unidos jamais serão vencidos".
Bruno Furlanetti
Um comentário:
Parabéns pela estada de vocês em Brasília. Microfone e caneta não saõ para qualquer um!
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