Mal nos acostumamos às novas regras técnicas e já teremos outras novidades muito em breve na Fórmula 1.Isso porque a FIA – Federação Internacional de Automobilismo – anunciou hoje duas medidas para 2010 que terão um forte impacto: as equipes viverão sob um “teto” que limita os gastos anuais e, dentro das pistas, terá fim o reabastecimento durante as provas.
O teto orçamentário, a princípio, será opcional, e será estipulado um gasto máximo de 40 milhões de libras (R$ 128,8 milhões). Como vantagens, as equipes que aderirem terão liberdade para, principalmente, utilizar asas dianteiras e traseiras móveis e contar com um motor sem limite de giros, além de poder testar de forma ilimitada ao longo do ano --hoje, as escuderias só podem testar os carros na pré-temporada.
Porém, a mesma mão que “dá o doce” retira-o logo em seguida: as equipes não poderão mais reabastecer seus carros durante a prova, exigindo que o combustível dure toda a prova. Além de acabar com as estratégias nesse sentido – largar com carro leve e abrir vantagens na pista ou com carro pesado e tirar a diferença no número de voltas -, a medida obriga os fabricantes a construírem motores mais econômicos.
Como aproveitar, então, a vantagem do conta giros mais potente sem poder reabastecer? Criar um motor mágico, talvez.
Outras novidades estarão no Grid. Quatro novas equipes comporão o time da Fórmula 1: a USGPE (equipe norte-americana), Prodrive (do ex-chefe de equipe da BAR David Richards), Lola (montadora que já esteve na categoria) e a iSport (que corre na GP2). Elas deverão se inscrever até o dia 29 de maio, explicitando se utilizarão ou não o teto.
Com isso, 2010 terá 26 carros na pista, o número considerado ideal para a categoria.
Impossível encontrar um esporte que mude tanto as regras quanto a Fórmula 1.
Heitor Mário Freddo
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