Alimentando o Orkut

O Orkut, uma das maiores redes de relacionamento do mundo e um fenômeno entre os jovens brasileiros, começa hoje seu processo de “monetização” de seus serviços.
O BuddyPoke, avatar em que cada usuário cria a sua versão em boneco se expressar com seus amigos, inicia um pacote extra de novas ações que, para serem feitas, serão pagas aos administradores do site.
Entre as novidades estão “pedir em casamento”, dançar ritmos como funk e axé e dançar com um Tiranossauro Rex.
Cada nova “brincadeira” custará 2 moedas de ouro, inicialmente “doada” pelo Orkut para que você interaja e vicie-se nos novos aplicativos. Depois, essas 2 moedas deverão ser compradas por R$ 0,30. Os pacotes variam entre a opção de comprar 30 moedas de ouro por R$ 5 ou adquirir 200 moedas por R$ 25. O serviço mais caro vai custar 180 moedas: um modelo para imprimir o avatar e criar um boneco "real" 3D, usando o molde virtual.
Aos fanáticos pelos cabeçudinhos, um aviso importante: os antigos aplicativos continuarão sendo gratuitos, ou seja, o usuário não vai pagar para usar o BuddyPoke. Apenas se ele quiser que o seu bonequinho interaja de forma mais “divertida” e entre na “moda” é que ele terá de gastar essas moedinhas que parecem pouco. Mas a expectativa do Google, proprietário da rede, é que ela reverta-se em R$ 750 mil mensais.
O BuddyPoke tem 34 milhões de usuários no Orkut, entre ativos e inativos, sendo 98% no Brasil.A empresa busca estratégias de tornar o site tão lucrativa quanto popular, principalmente em nosso país, e vê no avatar essa maneira.
O primeiro passo já havia sido dado: atualmente o BuddyPoke é patrocinado pelos produtores do filme X-Men Origens: Wolverine, sendo que a sua versão digital pode liberar garras das mãos e incorporar o personagem. Sim, isso só existe porque foi pago.
O Google tem todo o direito de lucrar com o Orkut, que ultimamente tem lhe dado mais dores de cabeça do que o esperado com as quebras de siligo de usuários acusados de postarem fotos e vídeos eróticos. O difícil é acreditar que existam pessoas que paguem para ver um bonequinho brincando com outro.

Heitor Mário Freddo