quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Cão a espreita

Foi num desses dias estranhos, que, pensei: Tantos olhares são desperdiçados para um lado ou para o outro que ninguém realmente vê!
Sinceramente eu não me importo muito, pois as coisas quietas às vezes devem continuar assim: Quietinhas. Mas de repente eu vi. Parei. Calei. Paralisado diante da presa, ou predador. Esperando ou espreitando. Será um ataque que se prendera na defensiva? Nunca saberei, pelo menos por hora. São tantos os “poderias” e o eterno “se”, o que provavelmente não passam de um subterfúgio para a verdade mais pujante, que é, o “porque não?” Porem se fosse (veja o “se” novamente) como então poderia não o ter sido? Simples! Sempre existe a defensiva, que, diga-se de passagem, nunca irá calar a tentação. E nunca me entregarei ao ócio e a clandestinidade. Pois que se escondam os fracos! Levo um tiro no peito, mas da luta não me retiro, posso até me atirar aos frangalhos em pífia tentativa de sucesso, mas da luta não me retiro. Sendo assim, sou uma espécie de cão. Isso mesmo, um cão! Fuçando, analisando, afoito, desprezível às vezes, porem sempre fiel quando existe confiança. Outro problema é que apenas ver não é saber. Sim, já são muitos os problemas, agora, com relação às soluções não há o que dizer, mesmo porque, se houvesse alguma coisa para ser dita e concluída este texto não teria razão para existir. Por isso meus caros e corruptíveis colegas, deixo estar, como não haveria de ser diferente. Mas que de repente eu vi, eu vi!

Bruno Luporini Chiarotti

2 comentários:

Juliana Rímoli disse...

Acho que a herança cósmica do quiroga recaiu sobre você...

Ótimo texto!

Jão disse...

Booa garoto!
muito bom!