O brasileiro já toma um susto quando escuta a palavra inflação. Também não é pra menos: durante a ditadura a nossa moeda foi trocada várias vezes em razão desse fenômeno. Quando a coisa apertava, logo estavam os militares fazendo as mudanças cambiais. A alternância geral de preços abalou muito os nossos alicerces econômicos nesse período. Assim, baseados no desenrolar da nossa história econômica, se lêssemos a notícia de hoje que diz que os EUA, vivendo uma forte crise, mediram uma deflação de 1% no mês de Outubro, logo pensaríamos que o mundo deu um passo adiante contra este problema global. Comemoraríamos inclusive. Mas errôneamente.
Explico: apesar da inflação alta ser um mal para qualquer país, em uma situação como a que vivemos hoje, a deflação é encarada como um sinal de que o mercado desaquecido. Com o consumidor comprando menos, se produz menos, há menos negócios e por fim, queda no valor do preço do produto. Isso é preocupante, haja vista que a depressão de 29 foi causada exatamente por esse processo. E, ao contrário da inflação, a deflação é mais difícil der ser combatida, uma vez que não se pode mexer muito nos juros.
Mas, indo de encontro ao pessimismo geral dos mercados que a notícia divulgada hoje provocou, tem gente comemorando. Para FED (Federal Reserve, Banco Central americano), a notícia é positiva porque deixa a instituição livre para combater a recessão, sem ter que se preocupar com a inflação. Mundinho complicado, não?
Eric Rocha
2 comentários:
parabéns pelo blog Cabeça!
boa iniciativa.
bjão
Bia
Mai muito compricado!
Parabéns, primo.
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