A gestão 2009-2012 de Hélio de Oliveira Santos (PDT) a frente da prefeitura de Campinas começou com uma dura derrota. Apesar de ter sido re-eleito tendo ao seu lado uma enorme coligação, o que dava a impressão que a administração não teria problemas no legislativo, o vereador do Democratas Dário Saadi (foto) não conseguiu se eleger presidente da casa, como queria Dr. Hélio. Por 21 votos a 12, o escolhido foi Aurélio José Cláudio (PDT), que apesar de ser do mesmo partido do mandatário, não era o preferido. Assim, um racha foi formado em praticamente toda a "base aliada", uma vez que legisladores de outros partidos amigos também foram contra a ideologia partidária . No entanto, o conceito de situação e oposição em Campinas parece não ter uma boa definição. Apesar de terem votado contra, alguns vereadores parecem ter acusado o golpe, o que fizeram dar declarações que estão ao lado do prefeito e não contra o seu governo. Mas, o pior de tudo são os motivos obscuros que levaram supostamente os nossos representantes a escolherem um ou outro candidato. Segundo o jornal Correio Popular, foi acordado, que se eleito, Aurélio iria criar novos cargos de assessoria e dar um aumento de 20% a 30% na verba de gabinete. Por outro lado, quem votasse no candidato do governo estaria sujeito a empossar uma das Administrações Regionais (AR's). Ou seja, a política campineira, se confirmada as denúncias, ainda sofre muito com a troca de favores. Ambos os lados se sujando, e mandando lá pra baixo a confiança do eleitor. Resultado? Um legislativo travado... pelo menos até segunda ordem. E agora, doutor?
PS: Um fato que não poderia ser deixado de lado. Aurélio José Cláudio foi pivô no ano passado do chamado "Escândalo dos Fantasmas". Isso porque, o digníssimo vereador empregou um jardineiro público sexagenário (que inclusive trabalhava em seu reduto eleitoral) como assessor. O problema é que este cidadão jamais exerceu tal atividade. Foi o ponto de partida para uma série de episódios que tinham como prato principal a descoberta de mais e mais fantasmas. Resultado? Nada. Como de praxe, todos inocentados e caso arquivado.
Eric Rocha
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