Monteiro Lobato é lembrado por sua sobrancelha enorme que se torna uma só, seu bigode estilo Charles Chaplin, e sua obra de literatura infantil. Porém ele foi um dos mais brilhantes escritores que nosso país já teve. Sempre enxergava os fatos antes de todos, era um tanto visionário, e tentou convencer o governo brasileiro de que o produto do futuro era o petróleo, e propôs a Petrobras, mas não obteve sucesso.
Daí surgiu a idéia de fazer literatura para crianças, em um país que nunca teve habito de leitura não iria conseguir dinheiro para seus fins, porém as crianças adoram ler gibis,até liam o Capitão Getulinho, inspirado no presidente Getúlio Vargas, em suas várias formas de populismo. Getúlio, no entanto foi mais ágil, e concretizou o projeto da Petrobras, em 1953.
Lobato comprou a Revista do Brasil, e lá publicava alguns contos e crônicas. Entre os episódios mais conhecidos estão o “Paranóia ou Místificação”, critica que fez a exposição da pintora Anita Malfati. A pintora mostrou-se depois como uma inovadora, e Monteiro Lobato se arrependeu de sua critica, e até namorou por um tempo Anita.
Entre os livros para adultos alguns se destacam: Jeca Tatu, o caipira com vermes na barriga, que está sempre com preguiça (se tornou uma espécie de mascote do Brasil); e O Presidente Negro, no qual colocou todas as suas teses da importância do petróleo, e como o próprio título já diz um negro assumia o posto mais importante do mundo, Presidente dos Estados Unidos. Os livros para adultos estão sendo publicados pela editora Globo.
P.S. Monteiro Lobato insatisfeito com a imagem de Jeca Tatu como um cara bonzinho, e simpático, fez vários contos com caipiras que faziam as mais diversas atrocidades, como chegar completamente bêbados e matarem e esquartejarem as próprias mães a golpes de enxada.
Bruno Furlanetti
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
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3 comentários:
Sou fã desses seus textos sobre a história da literatura brasileira, como você sempre posta em seu blog pessoal.
Sempre que possível, coloque-os aqui também.
Grande abraço
Me parece que nossos grandes gênios já se foram. Machado de Assis, Mario de Andrade, Manuel Bandeira, Lobato...
O que nos sobra agora? Paulo Coelho e companhia limitada?
Não desmerecendo alguns nomes bem relevantes da nossa literatura atual, mas os "anos dourados" da literatura brasileira já se foram.
Beijos
Nossa literatura agora está em alto nível sim, Cah.
Temos, por exemplo, como membro da ABL nosso querido José Sarney.
Que fase, hein?!
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