
Decepção. Essa é palavra que define o rendimento das equipes campineiras na edição deste ano do Campeonato Paulista. As duas equipes carregavam uma expectativa ao menos respeitável. Hoje, o Guarani tenta afastar o fantasma do rebaixamento, ostentando uma 19ª colocação. Já a Ponte não tem nada a perder, mas também não luta, em termos reais, por nada, no oitavo lugar, distante 8 pontos do último colocado no G4. A tônica das equipes: irregularidade e a perda de pontos que, hoje, fariam uma diferença total. A equipe bugrina montou seu elenco em cima de um ídolo: Amoroso. Em texto aqui, no
Imprensa Marrom e Cia [leia
Um ídolo de volta, de 30 de dezembro]
, afirmei que, das duas uma: sucesso ou fracasso. O destino optou por escolher a segunda opção. Amoroso jogou uma partida, o dérbi. De resto, foi visita constante no departamento médico do Brinco de Ouro. O Guarani acabou por despencar na tabela, apresentando um futebol fraco e incomparável com o que culminou na subida para Série B do Brasileirão. Três técnicos no campeonato e o forte descrédito da torcida na manutenção. A Ponte Preta alternou entre bons e maus momentos na disputa. A equipe nem de longe se assemelha com que a jogou ano passado o mesmo campeonato, chegando à final contra o Palmeiras. Apesar de ter mantido bons nomes, como Aranha, perdeu o meia Renato. Depois disso, a equipe demorou para se achar e pouco produziu. Recentemente, despediu Sérgio Soares e contratou Marco Aurélio. Vem de duas vitórias, mas sabe que não tem mais chances. O ano virou, mas o futebol campineiro continua perpetuando o desânimo entre os torcedores de Ponte e Guarani.
Em tempo:
Hoje o Guarani anunciou que pode vender seu estádio até quarta-feira. A equipe está mergulhada em crise, e o negócio pode ser a salvação para uma inevitável falência. A empresa interessada pelo negócio prometeu ao clube que, em troca do Brinco de Ouro, irá construir uma Arena nos moldes da FIFA para 42 mil pessoas, um Centro de Treinamento, uma sede social, além do pagamento de dívidas trabalhistas no valor de R$ 92 milhões. O que sobrar das depesas, fica com clube. Difícil acreditar, não?
Foto: Uma montagem com as melhores revelações da história de Ponte e Guarani. Carlos, Oscar, Mauro, Polozzi, Zé Carlos e Odirlei, em pé; Lúcio, Renato, Careca, Zenon e Tuta. Uma verdadeira Seleção Brasileira.
Eric Rocha
4 comentários:
não acredito na construção da tal arena
o Guarani que se cuide
bom o texto gaucho
Eric, você deve ter feito pontepretanos e bugrinos chorarem ao relembrar esses jogadores! Naquele tempo, Campinas foi verdadeiramente a capital caipira do bom futebol.
Só naquele tempo...
BRINCADEIRA!
A ilustração foi postada pelo Heitor. A sacada foi genial.
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