O problema é que Mylton entrou em diversos conflitos com os demais funcionários da revista, por excesso de autoridade. O secretário da redação da Caros Amigos, Thiago Domenici foi despedido por almejar o cargo de editor, e com ele saíram mais onze funcionários, entre eles Renato Pompeu, um dos mais importantes jornalistas da revista.
Após esses conflitos ficou um clima ruim, e a publicação de uma charge no caderno especial sobre o Fórum Social Mundial, contra a vontade de Myltainho, ocasionou a demissão dele pelo editor comercial da Caros Amigos, Wagner Nabuco. Agora o comando da redação ficará por conta de Hamilton Octavio, José Arbex Jr. e Igor Fuser.
Mylton Severiano irritado com a demissão afirmou sobre o futuro da revista “com certeza, a velha Caros Amigos, fundada pelo Serjão, essa já era”. Vamos torcer para que isso não seja verdade e, os jornalistas de extrema competência que trabalham nela, possam continuar mostrando um mundo que não existe na VEJA.
Foto - Sérgio de Souza, o Serjão e uma das capas mais polêmicas da história da Caros Amigos, que trouxe ao público um caso entre o presidente FHC e a jornalista Ana Paula Padrão. Muito antes do Renan Calheiros.
Bruno Furlanetti
Bruno Furlanetti
3 comentários:
Caros Amigos é um marco na imprensa e fundamental no cenário atual da mídia, sendo um veículo que, como você disse, mostra outras versões menos apontadas pela nossa imprensa burguesa.
Mas nem sendo feita por militantes ela consegue ter uma união de ideias.
A união pelo jeito foi pro ralo na Caros Amigos, infelizmente...
Ano passado tive a oportunidade de visitar a Caros, uma redação beeeeem modesta, pacata e à vontade.
Na época, quando conversei com uma das funcionárias, ela me disse que o Mylton Severiano era "gente boa". Hahaha.
De resto, a existência da Caros Amigos faz parte da resistência do jornalismo alternativo. Fundamental mesmo. Mas, além dos problemas entre os amigos da redação, ainda há o pior problema: o financeiro. A revista apenas sobrevive.
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