
As empresas de telefonia acostumadas à clientela fixa e acomodada aos serviços de pouca qualidade estão em apuros, com esta mudança será preciso cativar o cliente, mostrando que seu serviço é melhor, mais barato e mais eficiente.
No entanto, as medidas com relação à telefonia vão um pouco além. As mudanças, entre elas a compra da Brasil Telecom pela Oi, podem transformar todo o setor.
Em São Paulo, a “aparição”, por assim dizer, do fenômeno Oi, afetou os dois setores de telefonia: no campo de telefonia móvel, dividido antes pelas operadoras Vivo, Claro e Tim, a nova concorrente vem ganhando espaço com descontos e promoções; no campo da telefonia fixa, com o surgimento da telefonia da Net e a promessa da Oi, o antigo monopólio da Telefônica está ameaçado.
O grande beneficiário é o cliente, ambas as mudanças farão com que o serviço telefônico melhore, mas o cidadão está pronto para desfrutar tais benefícios?
Não é segredo para ninguém que o atendimento no mínimo questionável dos call-centers e a demora nas filas das operadoras afasta o cliente insatisfeito, muitos optam por não reclamar por não querer perder tempo.
Para isso, um complemento, as empresas são obrigadas também a ter um número mínimo de lojas para que o atendimento seja facilitado. Ainda que seja pouco, isto unido a nova lei de call center (que entrou em vigor ano passado) deve pelo menos aliviar a dificuldade no atendimento.
Perfeito? Longe de ser. Para que este setor, responsável por 26,5% das reclamações no Procon-SP, esteja de acordo com as necessidades da população ainda falta muito. Mas, com certeza, um pouco de concorrência não faz mal a ninguém.
Afinal, quem não dá assistência abre para a concorrência.
Carina Reis
Obs: Quem quiser saber mais sobre a compra da Brasil Telecom pela Oi, leia o texto Quem ama bloqueia, do Heitor Mário Freddo.
Um comentário:
"Quem não dá assistência abre para a concorrência."
Adorei essa frase.
E obrigado pela referência.
Beijos
Heitor Mário Freddo
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