513 deputados é um número baixo para representar o povo brasileiro e por isso teremos mais cadeiras a partir das próximas eleições. Pelo menos foi o que aprovaram ontem os senadores e é o que defende o presidente da Câmara Federal, Michel Temer (PMDB-SP) [foto].O deputado defende a PEC – Proposta de Emenda à Constituição – aprovada ontem pelo Senado que aumenta o número de deputados federais, cujas vagas serão preenchidas pelo voto de brasileiros que votam no exterior, e pela constituição atual só podem ajudar a eleger o Presidente da República.
Mas é mesmo necessária a presença de representantes diretos dos brasileiros que moram em outras áreas? Quantos projetos um deputado poderá apresentar ao emigrante que vive seja lá onde for que justifique seu cargo e, principalmente, seu salário? E os 513 (!) deputados e 81 senadores que já temos e sustentamos, não podem trabalhar pela minoria de brasileiros que depende muito mais dos congressistas de suas novas terras?
Esse é apenas mais um dos inúmeros motivos que nossos legisladores dão para desacreditarmos deles e ainda ridicularizarmos a verdadeira palhaçada que é o trabalho do Congresso Nacional.
A medida irá, obviamente, resultar em gastos para a União – a não ser que seus colegas abram mão do suado dinheirinho que eles recebem ao fim do mês. Atualmente, os orçamentos da Câmara e do Senado somam R$ 5,9 bilhões para mover a máquina que nem com tantas peças move na velocidade esperada.
A proposta ainda tem de ser votada mais uma vez no Senado e outras duas pela Câmara para ser aprovada em definitivo.
Normalmente em época de crise costumamos cortar gastos. Mas se o Brasil nada em dinheiro, aí podemos até esbanjar, nobres representantes.
Heitor Mário Freddo
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