segunda-feira, 27 de abril de 2009

Poemasinho

Foi feito o primeiro nanopoema no Brasil, ou seja, um poema escrito com um fio mil vezes mais fino que um cabelo. O poema escrito é de Arnaldo Antunes, que consiste na palavra "Infinitozinho", e o projeto foi realizado por pesquisadores da UNICAMP, físicos e, cientistas do LBNL (Laboratório Brasileiro Nacional de Luz). Para quem quiser saber mais sobre o processo a Folha Online explica: http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?edt=24&id=21626
Não vou entrar nos detalhes da parte técnica do fato, mas sim na genialidade de Antunes e no avanço tecnológico que o Brasil dá a cada dia. Há quem possa pensar "qual a importância disto?", priemeiramente vem a parte artística, o compositor brasileiro possui uma cultura, um conceito raro, que quase ninguém mais tem no país. Teve alguns poemas de sucesso no Concretismo (as palavras formam um desenho, ou dão um sentido além do poema), porém não se prende a vanguardas, está sempre inovando.

Infinitozinho vai muito além de um neologismo, é uma palavra restritamente brasileira, que nos remete ao jeitinho brasileiro, de usar diminutivos, amenizar os problemas. Arnaldo Antunes fazia as melhores letras do Titãs e, depois de sua saida a qualidade caiu muito, as letras passaram a ser completamente comerciais, sem nenhum engajamento político.
Para um país crescer é necessário tecnologia, o Brasil avança aos poucos desde a Era Vargas, passando por Jucelino Kubitschek e seus cinquenta anos em cinco, mas em uma pesquisa feita em 2005 pela FAPESP, a financiadora do nanopoema, mostra que somente 40% dos brasileiros se interessam pelo tema tecnologia. As principais Universidades do país são as responsáveis pelas mais importantes pesquisas, no entanto a USP não anda bem das pernas, há um ano atrás, o governador José Serra queria aprovar uma lei na qual só permitiria pesquisas que proporcionassem lucros, houve muitos protestos e, hoje as pesquisas estão um tanto largadas.

Nossos artístas continuam mostrando muita criatividade e, os avanços crescem a cada dia, então para o país crescer é necessário maior interesse e maior incentivo por parte de nossos políticos. Dizem que o Brasil é o país do futuro, não podemos deixa-lo virar o país da promessa infinita, viva Arnaldo Antunes!

Bruno Furlanetti

Um comentário:

Heitor Mário Freddo disse...

O Brasil é uma fábrica de talentos e que vão além do futebol.

O problema é que muitas vezes temos que exportá-los.

É o caso dos nossos cientistas, assim como do sucesso, por exemplo, de Tom Jobim, muito maior fora de nosso país.

Agora, mais fino que um fio de cabelo?

Haja detalhismo e capricho!

Muito legal