quinta-feira, 16 de abril de 2009

São Paulo x Rogério Ceni

Quem é o maior?
Desde que o capitão do tricolor quebrou o tornozelo e rompeu alguns ligamentos, não se fala mais nada além de que o time acabou.
Vamos voltar ao tempo: quem veio primeiro o São Paulo ou o Rogério Ceni?
Antes mesmo do goleiro nascer, em 1973, o tricolor paulista já havia conquistado 11 títulos estaduais. E por incrível que pareça o time não parecia depender de seu nascimento para andar com as próprias pernas.
O ídolo são-paulino só chegou ao Morumbi em 1990, como reserva do Zetti. E, somente em 1997, Ceni assumiu a titularidade do time, onde desde então nunca mais saiu.
Não se pode contestar a importância desse atleta na história do Clube e nem a sua qualidade como goleiro e artilheiro, que é de dar inveja a qualquer corintiano ou palmeirense (eu sei!).
Bom, onde a grande mídia, as pessoas que falam por falar e os rivais estão se equivocando é na diminuição do clube a apenas um jogador. Por mais que muitos pensem, o São Paulo não se resume a uma única pessoa e é uma falta de respeito com os outros jogadores que conquistaram tantos títulos, dizer que eles foram conquistados pelo goleiro.
Se o São Paulo for ou não campeão da Libertadores e do Paulista, não terá sido a ausência do jogador em campo que ocasionará o desfecho da história. O inquestionável atleta, além de grande goleiro é uma referência aos jogadores que atuam ao seu lado, seja nas palavras, na confiança, ou até mesmo na experiência, e já antecipo aos torcedores do São Paulo para não se preocuparem, porque ele vai estar nos vestiários.
Ultimamente, o goleiro, que nunca havia tido falhas como nos últimos quatro jogos, passou a ser taxado de frangueiro, o que pode ser confundido para os que entendem de futebol ou os que já jogaram futebol um dia, como insegurança. Se alguma vez jogando bola você falhou, uma, duas, três vezes durante um jogo, ou ficou longe dos gramados ao menos 3 meses, sabe do que eu estou falando. Por que com ele seria tão diferente assim?
O engraçado é que ninguém lembra das duas defesas espíritas que ele fez no clássico, mas tudo bem.
Enfim, a fase é tão ruim para o goleiro-artilheiro que além de frangueiro, ele ficará seis meses fora dos gramados e tendo que aturar pessoas do próprio São Paulo querendo ensiná-lo a fazer parte da diretoria, ou seja, antecipando a sua saída do futebol, o que não irá acontecer tão cedo, podem ter certeza.
É o fim da bola ou não é?
Se algum são-paulino vier dizer que o São Paulo não foi campeão porque não tinha o Rogério Ceni, eu aconselho a assistir uma partida com o goleiro Bosco, que seria titular em qualquer outro time do Brasil. Ah, e aproveite e pergunte para um palmeirense e para um corintiano se há vida após Marcos e Ronaldo. A resposta deles eu tenho certeza qual será, porque para um torcedor ou para um comentarista que se preze, está muito claro quem é o maior, não importa a situação.

Bruna Marin

5 comentários:

Eric Rocha disse...

Bela estreia bruna!

Heitor Mário Freddo disse...

Sua análise é quase poerfeita. Só peca quando diz que palmeirenses e corinthianos sentem inveja de Rogério Ceni... hahaha

Corinthianos podem até ter, mas quem tem SÃO MARCOS sabe o que é segurança COM HUMILDADE!!!!

Mas quanto a oSão Paulo, concordo plenamente com a análise e há uma explicação. Há um grande número de Rogério-Cenistas, que "torcem" pelo São Paulo por causa do goleiro, assim como há um grande número de novos corinthianos por conta do Ronaldo.

E é muito explícito de onde vem essa corrente: Rede Globo de Televisão, para quem muito mais importante que o clube são os personagens que dão audiência.

A contusão do Rogério dá Ibope, foi destaque no Jornal Nacional e a cada jogo do São Paulo será preciso lembrar do ídolo para não deixar a chama morrer.

Mas o principal: excelente estreia e agora seu contrato está amarrado com o IM&CIA até a Copa de 2014.

Beijos

Manuela Ceragioli disse...

Além de tudo o próprio São Paulo está usando essa lesão como marketing.Serão distribuídos 65 mil faixas de "capitão" no jogo de domingo.

Rafael Porcari disse...

O problema é que ídolos no Brasil são passageiros e somem com o tempo. Para aqueles com mais de 70 anos , dirão que o Luizinho Pequeno Polegar e o (me fugiu o prenome) Cristóvão de Pinho foram os maiores jogadroes do Corinthians de todos os tempos. Para os que tem 50 ou mais, Rivelino e Sócrates. Para os de 30, Neto e Marcelinho Carioca. Para os de 15, Teves. Voltando ao tempo: e se os de mais de 70 estiverem certos? Nós vimos os citados jogarem?
Isso vale para todas as equipes. Alguns dizem que quando jogou pelo SPFC, Leônidas fez mais sucesso que qualquer outro. Alguns dizem que Roberto Dias foi sem dúvida (que audácia dizer sem dúvida) o maior jogador sãopaulino). Teria sido Rogério ceni o mais vitorioso? Se esse for o critério, tem que lembrar do goleiro Zetti...
É muito difícil o seu tema. Parabéns!

Carina Reis disse...

Ahhh Bruninhaaaa!

Muito bom, concordo em Genero, Numero e Grau.

Beijocaaa