
Dessa vez, na segunda adaptação dos Best Sellers do americano tentei entender o porquê de tanta aversão à adaptação.
Antes de assistir ao filme Anjos e Demônios, que mantém Tom Hanks no papel principal, li o eletrizante livro homônimo. Concordo que a leitura seja muito mais interessante do que a película, mas não dá para se dizer que o livro foi estragado – como os fãs já estão anunciando novamente.
Alguns pontos são modificados para dar um ritmo alucinante ao filme, próximo ao encontrado no livro – em determinado ponto, é impossível parar de lê-lo. A começar pela primeira cena e pela forma como Langdon entra na história. Mas essas mudanças em nada interferem a compreensão e tampouco nos tira o interesse.
Apenas uma questão fundamental foi retirada da adaptação: o papel da mídia.
Em pleno conclave, o conselho que elege o novo Papa, o estado do Vaticano vive seu pior momento: os quatro cardeais “preferidos” para assumirem o cargo de pontífice misteriosamente desaparecem. Paralelo a isso, um experimento científico único na história foi roubado do Centro de Ciências da Europa e tornou uma bomba relógio que, à meia noite em ponto irá por aos ares a “cidade santa”. Os responsáveis pelo plano são um grupo que a Igreja fez questão de apagar de sua história: os Illuminati.
Para eles, porém, tão importante quanto destruir o Vaticano era manter a mídia atenta sobre o caso e informando ao mundo que a cidade católica estava de joelhos perante o grupo de cientistas “esclarecidos” Isso é muito forte no livro, enquanto o filme ignora a questão.
Mas a história está lá, aprovada por Dan Brown e facilmente compreensível para quem não a leu ainda. E se tiver que escolher, fique com os dois.
Heitor Mário Freddo
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