O modo como as autoridades e a sociedade vem tratando a “gripe suína” é lamentável. A começar pelo nome: a doença, que foi renomeada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para influenza A (H1N1), nunca deveria relacionada com porcos. Não se comprovou ainda que a contaminação esteja totalmente ligada aos suínos. O que se sabe é que o vírus é uma união da mutação das gripes humana, aviária e também da suína. Notícias que reportavam a queda na exportação desse tipo de carne, e o abate geral dos animais, como o que deve se iniciar nesse domingo no Egito fizeram a OMS recuar e trocar o nome. Porém, o estrago já está feito. Os menos esclarecidos certamente acreditam que consumir carne de porco pode acarretar no surgimento da gripe. Outro ponto de desorganização é a questão dos dados. Não se sabe em quem confiar. As informações vêm umas sobrepostas às outras, o que confunde o público. Para se ter uma ideia, a OMS fala em 10 mortes – nove no México, uma nos EUA –, mas as próprias autoridades mexicanas afirmam existir 12 vítimas. No Peru, o caso que havia sido confirmado (sem morte) já foi desmentido. A desorganização consegue ser incrível, em um momento em que se necessita ter situações claras, objetivas, para que não haja tumultos e atitudes precipitadas. No Brasil, muito tem se falado do risco de a gripe atingir nosso país. Porém, os quatros casos suspeitos (três em MG, um em SP) vão ter de esperar para serem confirmados ou não. Acontece que ainda não possuímos um kit para a sua comprovação. Enquanto isso, a corrida pelas máscaras dispara, a imprensa fica confusa, prejudicando somente os cidadãos. A gripe realmente é tudo isso? Fica a dúvida.Eric Rocha
Um comentário:
tá certo Eric, penso o mesmo que você.
http://miriamsalles.info/wp/
A Miriam já foi minha professora. O blog dela é muito bom e tem falado um pouco de gripe suína, legal dar uma olhada.
abração
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